- Presidente dos EUA afirma que Microsoft está em negociações para comprar o TikTok e gostaria de ver uma disputa entre empresas
- A gigante de tecnologia não confirma oficialmente as negociações, enquanto o TikTok e ByteDance não respondem
- Trump adia decisão sobre o futuro do TikTok e promete tomar uma medida final dentro de um mês
Na última segunda-feira (27), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que a Microsoft está em negociações para adquirir o TikTok, a popular plataforma de vídeos curtos. E expressou, no entanto, interesse em ver uma “guerra de lances” pelo aplicativo.
A declaração veio após semanas de incertezas e discussões sobre o futuro do TikTok nos EUA. E, assim, com o governo americano pressionando por uma venda da empresa devido a preocupações com segurança nacional.
A resposta de compra
A Microsoft, em resposta, se recusou a comentar sobre as negociações, e tanto o TikTok quanto sua controladora chinesa ByteDance não ofereceram respostas imediatas aos pedidos de comentário da Reuters fora do horário comercial.
O TikTok tem cerca de 170 milhões de usuários nos Estados Unidos. Assim, tornando-se uma das plataformas de mídia social mais populares entre os norte-americanos, especialmente entre os jovens.
O contexto por trás dessas negociações começa com uma lei sancionada em janeiro, exigindo que a ByteDance vendesse o TikTok por questões de segurança nacional.
A lei visava impedir que dados sensíveis dos usuários americanos fossem acessados pelo governo chinês, alegação que a empresa sempre negou. Pouco antes da aplicação dessa legislação, o aplicativo foi brevemente retirado do ar nos Estados Unidos. Dessa forma, criando uma onda de incertezas sobre seu futuro no país.
Após a posse
Após assumir o cargo em 20 de janeiro, Trump assinou um decreto adiando a aplicação dessa lei por 75 dias. Contudo, oferecendo mais tempo para a negociação de uma possível venda.
Durante esse período, o governo americano continuou a avaliar as implicações de segurança do TikTok, ao mesmo tempo em que investigava outras opções para garantir que o aplicativo continuasse operando dentro dos limites legais dos Estados Unidos.
Em comentários feitos na semana passada, Trump disse que estava em conversações com várias partes interessadas sobre a venda do TikTok. E que esperava, no entanto, tomar uma decisão definitiva sobre o futuro da plataforma em um prazo de 30 dias.
Histórico parceiro
A Microsoft, uma das gigantes da tecnologia americana, é vista como uma das possíveis compradoras devido à sua experiência em integrar grandes plataformas de mídia social. Assim como o LinkedIn, adquirido pela empresa em 2016.
Além disso, a Microsoft já tem um histórico de parcerias com o governo dos EUA, o que pode ajudar a construir um caminho mais seguro para a aquisição.
Embora a Microsoft não tenha confirmado oficialmente as negociações, o anúncio de Trump alimentou ainda mais os rumores de que uma venda está em andamento. Portanto, o que pode ter implicações significativas para o futuro do aplicativo e para o setor de tecnologia como um todo.
Uma “guerra de lances”, como Trump sugeriu, poderia envolver outras empresas de tecnologia, além da Microsoft, interessadas em adquirir o TikTok, aumentando ainda mais a pressão sobre as partes envolvidas.
Essa situação também levanta questões sobre o papel da segurança nacional nas negociações comerciais e a crescente tensão entre os Estados Unidos e a China no setor de tecnologia.
O TikTok, que ganhou popularidade rapidamente nos últimos anos, pode ser um ponto chave na guerra tecnológica entre as duas maiores economias do mundo.
Com o prazo de 30 dias estabelecido por Trump, o mercado e os usuários do TikTok esperam um desfecho que poderá definir o futuro da plataforma nos Estados Unidos.
As próximas semanas serão decisivas para a empresa e para as empresas que disputam a aquisição do aplicativo, com o cenário político e econômico global cada vez mais influenciando os rumos dessas negociações.