Ditador com medo?

Trump avalia tirar Maduro do poder e pressiona Venezuela com tropas no Caribe

Fontes disseram ao Axios que o ditador deveria estar “morrendo de medo” diante do cardápio de opções da Casa Branca.

maduro
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  • Trump recebeu opções militares e não descarta ações contra Maduro na Venezuela
  • A presença de tropas, submarinos e destróieres pressiona Caracas e amplia tensão regional
  • Maduro reagiu com mobilização militar e acusa os EUA de buscarem o petróleo venezuelano

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, colocou a Venezuela no centro de sua estratégia militar no Caribe. Embora oficialmente a missão americana na região seja de combate ao narcotráfico, fontes ouvidas pelo portal Axios afirmam que a remoção de Nicolás Maduro do poder está “no menu” e que o líder venezuelano deveria estar em alerta máximo.

Nos últimos dias, Washington reforçou sua presença com sete navios de guerra, incluindo destróieres e submarinos, além de 4.500 militares. Esse aparato, segundo analistas, aumenta a pressão e sugere que o governo americano mantém aberta a possibilidade de uma mudança de regime.

O cardápio da Casa Branca

De acordo com o Axios, Trump teria pedido um conjunto de opções sobre como agir em relação à Venezuela. Entre os cenários avaliados, estão desde operações navais mais agressivas contra embarcações suspeitas até ataques aéreos em áreas estratégicas.

Embora fontes reconheçam que uma invasão direta seja improvável, a mensagem é clara: os EUA não descartam ações militares para enfraquecer Maduro e expor seu regime. “Ele deveria estar com muito medo”, disse uma das fontes ouvidas pelo portal.

Desse modo, esse tipo de retórica aumenta a tensão em toda a região e reforça a percepção de que o embate pode escalar rapidamente.

Maduro reage e mobiliza

Em Caracas, Nicolás Maduro rejeitou as acusações americanas e acusou os Estados Unidos de planejarem um ataque ilegal.

Ele convocou a população a se preparar para resistir a uma possível invasão, destacando que “o povo venezuelano defenderá sua soberania contra qualquer agressão externa”.

Além disso, o governo venezuelano também mobilizou 15 mil militares para a fronteira com a Colômbia e convocou milícias civis.

Portanto, para aliados regionais, como Cuba e Bolívia, as ameaças de Washington têm mais a ver com interesses econômicos ligados ao petróleo do que com a luta contra o narcotráfico.

O xadrez geopolítico

Enquanto países como Argentina, Paraguai e Equador apoiam a posição americana de classificar o Cartel de los Soles como organização terrorista, outros governos pedem cautela e denunciam o risco de instabilidade regional.

Ademais, especialistas em política externa alertam que o discurso mais agressivo de Trump pode ser tanto uma estratégia de intimidação quanto uma preparação para medidas concretas. A ambiguidade, nesse caso, faz parte do jogo político e militar.

Por fim, no tabuleiro internacional a Venezuela volta a ocupar espaço central como palco de disputa entre narrativas: de um lado, o combate ao crime organizado; de outro, os interesses sobre as maiores reservas de petróleo do mundo.

Luiz Fernando

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.