
- EUA prometem manter sanções contra Alexandre de Moraes
- Protestos do 7 de Setembro deram força à pressão internacional
- Eduardo Bolsonaro fala em nova rodada de confisco de vistos
O governo dos Estados Unidos afirmou na última segunda-feira (8) que seguirá aplicando medidas contra o ministro do STF Alexandre de Moraes. A fala partiu de Darren Beattie, subsecretário de Diplomacia Pública e assessor do secretário de Estado Marco Rubio.
A declaração veio no dia seguinte aos atos do 7 de Setembro, que reuniram apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro em várias cidades do Brasil, pedindo anistia e impeachment de Moraes.
Pressão internacional em meio à crise política
Beattie publicou no X (ex-Twitter) que o 203º Dia da Independência do Brasil foi um “lembrete” do compromisso americano em apoiar os brasileiros que buscam preservar “liberdade e justiça”. Assim, segundo ele, Moraes e outros indivíduos teriam abusado de autoridade, o que justificaria novas medidas.

A referência direta à Lei Magnitsky, que já havia sido usada contra Moraes em julho, reforça que o governo Trump pretende manter a ofensiva contra autoridades brasileiras. Além disso, a legislação prevê sanções a estrangeiros acusados de violar direitos humanos.
Portanto, nos protestos de domingo, além das bandeiras do Brasil, manifestantes exibiram bandeiras dos EUA e faixas em apoio à pressão internacional contra o magistrado.
Bolsonaro, sanções e os próximos passos
O STF julga Bolsonaro por tentativa de golpe, e ele pode receber pena de até 43 anos. Desde 4 de agosto, cumpre regime domiciliar. Seus aliados intensificam as pressões para que Washington amplie punições contra Moraes.
Ademais, o deputado Eduardo Bolsonaro afirmou ao Poder360 que há expectativa de uma nova leva de confisco de vistos de autoridades brasileiras nos próximos dias. O parlamentar se reuniu em Washington com Beattie e com o conselheiro Ricardo Pita na última semana.
Por fim, a estratégia da oposição é mostrar alinhamento com o governo Trump e reforçar a narrativa de perseguição política no Brasil. Nos bastidores, há temor de que o endurecimento da relação com os EUA provoque mais instabilidade institucional.