Nova Ameaça

Trump faz novas ameaças tarifárias contra a UE e China

Republicano voltou a fazer ameaças alegando preocupações com fentanil e comércio desequilibrado

Trump faz novas ameaças tarifárias contra a UE e China

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, renovou suas ameaças de tarifas a países como a União Europeia (UE), Canadá e México, com foco no comércio desequilibrado e no tráfico de drogas. Durante uma coletiva na Casa Branca, Trump afirmou que o governo está considerando uma taxa punitiva de 10% sobre as importações chinesas, alegando que o fentanil, substância responsável por mais de 300 mortes diárias nos EUA, está sendo enviado da China via México e Canadá. “A União Europeia é muito, muito ruim para nós”, declarou Trump, sugerindo que a única forma de corrigir a situação seria a imposição de tarifas.

A medida mais recente de Trump segue o cronograma estabelecido para 1º de fevereiro, com tarifas de até 25% aplicadas ao Canadá e ao México, e um possível aumento no valor das taxas para a China e a UE. A intenção é pressionar esses países a combaterem o tráfico de drogas e imigração ilegal.

“Estamos discutindo isso com urgência, pois 300 americanos morrem todos os dias de overdoses de fentanil”.

afirmou Peter Navarro, assessor comercial da Casa Branca.

Em resposta, a China destacou sua disposição para negociar, com o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Mao Ning, reiterando que “não há vencedor em uma guerra comercial” e que a China protegerá seus interesses nacionais.

México e Canadá, por sua vez, mostraram posturas conciliatórias. A presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, declarou que o México responderá “passo a passo” às ações dos EUA, reforçando a soberania do país. Já o governo canadense se comprometeu a defender seus interesses comerciais, especialmente no setor agrícola, que teme impactos negativos nas exportações de milho e etanol.

Trump também anunciou a conclusão de um memorando que visa uma revisão abrangente dos déficits comerciais, com foco em práticas desleais de comércio e manipulação de moeda. As autoridades do governo agora têm até 1º de abril para apresentar soluções, que podem incluir a criação de uma “tarifa suplementar global”. O impacto das negociações permanece incerto, mas a tensão comercial continua a movimentar os mercados.