
- Gestores alertam para possível fim dos retornos extremos com Bitcoin e altcoins.
- EUA aprovam leis para stablecoins, e big techs miram o setor.
- Indicação no Fed pode reabrir portas para corte de juros e novo rali de criptoativos.
Eles avisam: esta pode ser sua última chance de multiplicar patrimônio no mundo cripto. Jeremy Boynton e Zachary Lindquist, gestores da Pure Crypto, acreditam que o atual ciclo de valorização dos ativos digitais será o último com potencial para retornos realmente extremos, como os observados nos anos 2010.
A tese da gestora baseada em Chicago é clara: o mercado cripto está em transição. Embora não prevejam o fim do setor, os executivos avaliam que o crescimento exponencial dará lugar a uma fase mais estável e previsível, similar à de ativos tradicionais como ações negociadas na Nasdaq.
Um último foguete antes do pouso forçado?
Boynton e Lindquist não estão sozinhos. Vários especialistas já alertam que a consolidação institucional do setor pode comprometer seus ganhos históricos. Isso se intensifica agora, com a aprovação de legislações nos Estados Unidos, especialmente as que tratam de stablecoins.
Além disso, segundo a dupla, o fundo atual da Pure Crypto, que começou com foco em famílias americanas de alto patrimônio, já rendeu quase 1.000% desde 2018. Com esse histórico, eles buscam captar dezenas de milhões de dólares para um novo ciclo de investimentos.
“O que enxergamos é uma última celebração, antes de o cripto virar mainstream de vez”, disse Boynton. Assim, a estratégia da Pure Crypto é selecionar apenas os fundos mais competitivos e encerrar posições com quem não entrega. Atualmente, a Multicoin é um dos pilares do portfólio.
Regulação e gigantes no radar
As perspectivas de estabilidade vêm sendo reforçadas pelo avanço de leis e regulações que atingem diretamente o setor. Recentemente, Donald Trump assinou legislação que regulamenta stablecoins, enquanto o Senado avalia novas propostas para dividir o mercado entre agências federais.
Ao mesmo tempo, empresas como Apple e Meta estudam integrar criptoativos em seus serviços. Ademais, a entrada dessas big techs tende a reduzir a volatilidade e, com ela, os lucros astronômicos que atraíram milhões de investidores nos últimos anos.
Portanto, esse novo ambiente regulatório afasta o espírito “selvagem” que marcou o início das criptos. A própria Casa Branca lançou um relatório sobre política cripto, e a SEC criou o “Projeto Cripto” para fortalecer a supervisão do setor.
Fed, juros e nova direção
Do lado macroeconômico, o cenário também está em transição. Após a renúncia de Adriana Kugler, o presidente Donald Trump deve indicar um novo nome para o Federal Reserve, abrindo espaço para cortes de juros que impulsionariam o apetite por risco.
Além disso, nesta segunda-feira (4), o Bitcoin subiu 0,47%, cotado a US$ 114.952,30. O Ethereum avançou ainda mais, com alta de 5,12%, superando os US$ 3.670, segundo a Binance. O movimento reflete a expectativa de que a nova composição do Fed favoreça ativos mais voláteis.
Por fim, Trump já declarou que anunciará o novo diretor ainda nesta semana, com a intenção de orientar o Fed para uma postura mais dovish, ou seja, favorável à redução de juros. Isso pode impulsionar uma nova onda de compra nos mercados digitais.