As memecoins de Donald Trump e Melania Trump movimentaram US$ 21 bilhões em negociações nas últimas 24 horas, superando o volume da Dogecoin e se aproximando do da Solana. O alto volume gerou interesse de investidores, mas especialistas alertam para os riscos do investimento.
Francis Wagner, da Hurst Capital, destaca o risco elevado das memecoins, devido à sua natureza especulativa e dependência de fatores imprevisíveis, como tendências em redes sociais. Matheus Gutierrez, da Levante Investimentos, ressalta a alta volatilidade e a influência política, recomendando cautela e preferência por altcoins com fundamentos mais sólidos.
Potencial de valorização
A $TRUMP valorizou mais de 500% desde o lançamento, enquanto a $MELANIA recuou 37%. Especialistas apontam que a valorização futura depende de fatores especulativos, psicológicos e midiáticos. Gutierrez alerta para o risco de manipulação por grandes investidores (“baleias”) e a influência da FOMO (medo de ficar de fora) nas decisões de investimento. Wagner menciona que novas listagens em exchanges podem impulsionar o preço, mas reforça a alta volatilidade das memecoins.
A concentração de tokens nas mãos de entidades ligadas aos Trump gera desconfiança no mercado. A CIC Digital LLC detém 80% dos tokens da $TRUMP, enquanto apenas 15% dos tokens da $MELANIA foram distribuídos ao público. Danilo Matos, da NovaDAX, alerta para o impacto direto da movimentação dessas participações no preço.
O lançamento das memecoins gerou críticas no mercado cripto, que esperava uma postura mais séria de Trump em relação ao setor. Gabor Gurbacs, ex-diretor da VanEck, criticou a iniciativa e pediu a demissão dos consultores de criptomoedas de Trump.
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A World Liberty Financial, um projeto de finanças descentralizadas (DeFi) associado a Donald Trump, comprou US$ 46 milhões em Wrapped Bitcoin (WBTC) no dia da posse de Trump como 47º presidente dos EUA. A transação, revelada por dados da blockchain, envolveu a aquisição de 456.777 WBTC, uma versão tokenizada do Bitcoin que opera na blockchain Ethereum.
A Arkham Intelligence, empresa especializada em rastrear transações de blockchain, reportou que a compra foi realizada através de um endereço ligado à World Liberty Financial. Os detalhes sobre a estratégia financeira do projeto e as intenções por trás da aquisição permanecem obscuros. A coincidência da compra com a posse de Trump chamou a atenção da comunidade cripto, gerando discussões sobre as possíveis implicações para o ecossistema DeFi.
Wrapped Bitcoin e o setor DeFi
O Wrapped Bitcoin (WBTC) permite que detentores de Bitcoin participem de protocolos DeFi baseados em Ethereum, mantendo a exposição ao preço do Bitcoin. A compra sinaliza uma movimentação significativa da World Liberty Financial no setor DeFi, um espaço caracterizado por serviços financeiros baseados em blockchain que operam sem intermediários tradicionais.
Nem Trump nem representantes da World Liberty Financial comentaram publicamente sobre a transação. Este silêncio alimenta as especulações e discussões na comunidade cripto. A aquisição destaca a crescente interseção entre criptomoedas e figuras políticas de alto perfil, sinalizando potenciais novos desenvolvimentos no setor de ativos digitais.
