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Vale negocia proposta de indenização para desastre de Mariana

Fonte/Reprodução
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A Vale confirmou negociação de proposta de indenização, juntamente com Samarco e BHP, ao Tribunal Regional Federal da 6ª Região.

Na segunda-feira (29), a Vale informou que, juntamente com Samarco e BHP, a companhia negocia uma proposta de indenização ao Tribunal Regional Federal da 6ª Região, para encerrar os litígios envolvendo o rompimento da barragem de Mariana (MG).

De acordo com comunicado, a oferta surgiu em um momento que a mineradora busca a liquidação definitiva das obrigações previstas no termo de transação, na demanda judicial do Ministério Público Federal e em outras ações judiciais de entidades governamentais relacionadas ao rompimento da barragem da Samarco.

A proposta será dividida em 3 parcelas e consiste em um documento que define as obrigações de pagamento da Samarco, incluindo R$ 37 bilhões já investidos em remediação e compensação, deixando a proposta no valor total de R$ 127 bilhões. O montante de R$ 72 bilhões seria pagável ao longo de determinado período ao Governo Federal, aos Estados de Minas Gerais e Espírito Santo e aos municípios. A proposta também conta com R$ 18 bilhões em obrigações de fazer.

“Os valores da proposta são de 100%, o que inclui uma contribuição de 50% da BHP Brasil e da Vale como devedores secundários, caso a Samarco não possa financiar como devedor primário”, acrescentou a mineradora.

Rompimento da Barragem de Mariana

A barragem de rejeitos de mineração denominada “Fundão”, controlada pela Samarco Mineração, um empreendimento conjunto das maiores empresas de mineração do mundo, a brasileira Vale e a anglo-australiana BHP Billiton, se rompeu causando mortes e destruição ambiental em uma larga escala.

O rompimento da barragem ocorreu na tarde de 5 de Novembro de 2015 no subdistrito de Bento Rodrigues, a 35 km do centro de Mariana, Minas Gerais. 

Vale (VALE3) comprou participação na Aliança Energia

Vale (VALE3) comunicou que fechou um acordo bilionário para obter participação de 45% da Cemig GT, empresa que é controlada pela Cemig, na Aliança Energia. O valor da aquisição é em torno de R$ 2,7 bilhões.

A transação está sujeita à aprovação pela Assembleia Geral de Acionistas da Cemig GT e de acordo com informações repassadas, a transação deve superar as condições precedentes usuais, incluindo a anuência de órgãos competentes.

Em nota, a mineradora diz que, em condição de sócia no empreendimento e considerando que a Vale (VALE3) utilize, a maior parte da energia gerada pela Aliança Energia, a companhia optou por exercer seu direito preferencial de aquisição e reforça que o volume de geração da Aliança Energia é estratégico na manutenção da matriz energética baseada em fontes renováveis da Vale (VALE3) no Brasil.