Vale registra lucro líquido de US$ 1,679 bilhão — 9% menor do que o registrado no 1T23 e abaixo do consenso de mercado (de US$ 1,83 bi).
A Vale, divulgou seu balanço na noite de quarta-feira (24) e registrou um lucro de US$ 1,679 bilhão de forma líquida (atribuível aos acionistas) no 1T24, obtendo um número 9% menor do que o registrado no 1T23.
O Ebitda da companhia, ficou em US$ 3,438 bilhões, uma baixa de 7% na base anual e também ficando aquém do consenso, de US$ 3,6 bilhões. Já a receita líquida foi de US$ 8,459 bilhões, se mantendo praticamente estável no ano e abaixo dos US$ 8,64 bilhões do consenso.
As despesas com vendas, gerais e administrativas tiveram um total de R$ 140 milhões no 1T24, um crescimento de 19% em relação ao mesmo período de 2023.
Em relatório, a Vale reportou um resultado financeiro líquido foi negativo em R$ 437 milhões no primeiro trimestre de 2024, uma retração de 18% sobre as perdas financeiras da mesma etapa de 2023.
De acordo com analistas, os resultados da Vale no 1T24 vieram em linha com expectativas e os números fracos do período, foram afetados por ventos contrários relacionados ao cenário macro – com a queda dos preços do minério de ferro ao longo do 1T levando a uma realização de preço mais fraca do que o normal e a valorização do real tendo um efeito negativo nos custos.
Produção da VALE3 potencialmente influencia humor do Ibovespa
No relatório operacional divulgado na semana, a Vale (VALE3) anunciou a produção de 70,8 milhões de toneladas métricas de minério de ferro no 1T24. Registrando um aumento de 6,1% em relação ao mesmo período do ano anterior. Além disso, as vendas de minério no período apresentaram um aumento de 15%.
Os números positivos animaram o mercado, refletidos em um avanço de 3% nas ADRs da Vale no exterior, possivelmente impulsionando o Ibovespa e interrompendo uma sequência de cinco quedas consecutivas. O EWZ, principal ETF de ações brasileiras negociado nos EUA, também opera em alta, registrando um aumento de 0,20% nesta manhã.
No pregão anterior, o Ibovespa (IBOV) encerrou em território negativo. Assim, refletindo a preocupação do mercado com a possibilidade de o Federal Reserve não reduzir os juros em breve. O índice registrou uma queda de 0,75%, encerrando aos 124.388,62 pontos e ficando abaixo dos 125 mil pontos.
Os investidores estão atentos ao Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) de fevereiro, uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB). Além disso, o presidente Roberto Campos Neto participa do evento IMF Today, do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Queda no Ibovespa
Entre os nomes mais pesados citados nesta quinta-feira (25), a Vale (VALE3) segurou ímpeto do Ibovespa e caiu 1,21%, com baixa robusta do minério de ferro na China.