Liberdade ameaçada

Vaza Toga: Presos do 8 de janeiro eram escolhidos de acordo com opiniões políticas nas redes. Críticas ao STF e a Lula os tornavam alvos

Mensagens vazadas indicam que críticas ao STF e a Lula eram critérios para determinar quem deveria ser preso; Moraes é acusado de promover justiça paralela

Moraes
Ministro Alexandre de Moraes durante sessao do STF Foto Nelson Jr SCO STF 1
  • Documentos apontam que opinião política influenciava prisões de 8 de janeiro
  • Moraes é acusado de usar redes sociais como critério decisório
  • Vice-secretário dos EUA chama ações de “ditadura judicial”

Mensagens vazadas e documentos revelados nos últimos dias lançaram uma nova sombra sobre a atuação do ministro Alexandre de Moraes no julgamento dos atos de 8 de janeiro. Segundo os registros, o critério para determinar quem deveria ou não ser preso estava diretamente ligado a opiniões políticas postadas nas redes sociais, especialmente críticas ao STF, a Moraes e ao presidente Lula.

As revelações reacenderam o debate internacional sobre os limites da atuação do Judiciário brasileiro. Nesta semana, até mesmo o vice-secretário de Estado dos EUA fez duras críticas, afirmando que o Brasil vive um cenário de “ditadura judicial” sob o comando do Supremo.

Justiça seletiva com base em likes e postagens

De acordo com reportagens da Gazeta do Povo e da CNN Brasil, documentos internos e mensagens trocadas entre agentes de investigação revelam que os critérios para prisões relacionadas ao 8 de janeiro não se baseavam exclusivamente em provas materiais ou participação direta nos atos em Brasília.

Ao contrário, a simpatia ideológica dos investigados, medida por curtidas, postagens e comentários nas redes sociais, foi considerada. Quem criticava o STF, expressava apoio a Jair Bolsonaro ou manifestava insatisfação com o governo Lula se tornava um potencial alvo.

Essas informações constam de um dossiê elaborado por agentes que atuavam sob orientação do Supremo. As mensagens internas falam abertamente sobre “monitoramento de redes” e uso de linguagem como “perigo à democracia” para justificar as ações, mesmo sem vínculo direto com os atos depredatórios.

Moraes no centro da controvérsia

O ministro Alexandre de Moraes, relator dos inquéritos relacionados ao 8 de janeiro, voltou ao centro da polêmica após a divulgação das mensagens. O jurista Eli Vieira, em artigo na Gazeta do Povo, classificou a prática como “inaceitável” e afirmou que Moraes teria cruzado a linha entre julgador e perseguidor político.

Vieira destaca que a lógica aplicada é incompatível com o Estado de Direito:

“Se alguém é mais preso por pensar diferente e manifestar isso, estamos diante de um sistema judicial que abandonou a imparcialidade”, escreveu.

A revelação reforça a tese de uma “justiça paralela” operando sob o manto da segurança institucional, mas atropelando garantias fundamentais. Parlamentares e juristas também começaram a se pronunciar, pedindo abertura de investigações independentes e revisões processuais.

Repercussão internacional e críticas dos EUA

A escalada da crise institucional no Brasil não passou despercebida no exterior. O vice-secretário de Estado dos EUA, Keith Krach, declarou em entrevista que a atuação do STF configura uma “ditadura judicial”, na qual o Judiciário ultrapassa seus limites constitucionais.

Ele comparou o cenário brasileiro a regimes autoritários, alertando para a fragilidade das instituições democráticas.

“Quando juízes agem como políticos, não há mais Justiça. Há perseguição”, afirmou.

Vice-secretário de Estado dos EUA, Keith Krach

Organizações internacionais também acompanham o caso. Entidades de direitos humanos e think tanks ligados à liberdade de expressão estão emitindo relatórios e cartas abertas cobrando explicações do governo brasileiro.

Silêncio do Planalto e clima de tensão

Apesar da gravidade das acusações, o Palácio do Planalto mantém silêncio sobre o conteúdo dos vazamentos. O presidente Lula ainda não se manifestou sobre a suspeita de que aliados ideológicos estariam sendo blindados enquanto opositores viram alvo de repressão.

Nos bastidores, cresce o temor de que novas revelações possam agravar ainda mais o cenário institucional. Há quem fale em um “Vaza Toga 2.0”, em alusão aos escândalos que abalaram o Judiciário em anos anteriores.

Enquanto isso, juristas pressionam o Congresso a retomar a pauta da CPI do 8 de janeiro, desta vez com foco nas decisões judiciais e possíveis abusos de autoridade.

Em resumo:

  • Critério político para prisões: Documentos revelam que críticas ao STF e ao governo nas redes influenciaram decisões judiciais sobre quem deveria ser preso.
  • Acusações de perseguição e abuso de poder: Moraes é acusado por juristas de agir fora dos limites constitucionais e promover justiça paralela.
  • Críticas internacionais: Autoridades dos EUA e entidades internacionais classificam o cenário como “ditadura judicial” e pedem transparência.
Guia do Investidor

O portal Guia do Investidor foi criado com o intuito de trazer informação para quem precisa: aqueles que precisam aprender sobre educação financeira, investidores iniciantes, amadores, traders de longa data e todo público voltado para o mercado financeiro. E levando informação, levamos conhecimento, que consequentemente, leva a resultados, ou seja, lucro. E consequentemente, este lucro traz benefícios reais na vida de cada cidadão;

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