Vem aí um Open Finance que seu banco prefere não comentar

• O BC projeta portabilidade de crédito salário e investimentos dentro do Open Finance
• Pagamentos inteligentes com Pix por aproximação e Pix Automático avançam no ecossistema
• Consentimento dá visão unificada de contas e pode baratear crédito com análise mais precisa

O Open Finance deve ganhar, em breve, portabilidade de crédito, salário e investimentos. A sinalização partiu de Mardilson Queiroz, chefe do Denor no Banco Central, durante live nesta quinta-feira (14).

Hoje, o ecossistema já reúne 65 milhões de contas e movimenta cerca de R$ 1,2 bilhão por mês em pagamentos. Assim, o BC vê base suficiente para ampliar serviços e acelerar a competição.

O que vem na próxima fase

Segundo o BC, a nova etapa inclui portabilidade completa dentro do ecossistema. Desse modo, o cliente poderá migrar crédito, salário e aplicações de forma mais ágil.

Além disso, o plano prevê um marketplace de crédito. Com isso, bancos e fintechs ofertarão propostas em um mesmo ambiente, enquanto o usuário mantém o controle do consentimento.

Por fim, a autoridade reforça monitoramento e governança. Assim, Estrutura de Governança e BC acompanharão desempenho e segurança das integrações.

Pagamentos que ficam automáticos

Com o Open Finance, o cliente já consegue levar dados de um banco para outro e iniciar pagamentos pela própria infraestrutura. Além disso, transferências inteligentes podem cobrir falta de saldo ao puxar dinheiro de outra conta do usuário.

O sistema também suportará agendamentos recorrentes com valor fixo. Desse modo, contas mensais serão pagas sem fricção e com rastreio simples.

Por outro lado, o Pix ganha novas camadas: Pix por aproximação via carteiras como Google Pay e Pix Automático para serviços recorrentes.

Por que isso importa para o cliente

Ao consentir, o usuário enxerga todas as contas em um só lugar. Além disso, ele organiza o portfólio de investimentos e comprova renda com mais facilidade, inclusive a renda informal.

Com mais dados, a análise de risco fica precisa. Assim, a portabilidade de crédito tende a ser mais eficiente e pode reduzir taxas, quando houver concorrência real.

No entanto, cada participante decide quais produtos oferece. Portanto, o Banco Y pode optar por não receber dados, embora o Banco X seja obrigado a permitir que o cliente leve informações e recursos.

Adiante, o BC vê integração maior com Pix, IA e tokenização. Desse modo, a performance das instituições deve melhorar conforme o ecossistema amadurece.