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Vendas no Varejo caíram 1,1% em março, indica o ICVA

As vendas no varejo brasileiro caíram 1,1% em março, descontada a inflação, em comparação com o mesmo mês no ano passado.

Cielo Zip Taxas
Cielo Zip Taxas

Em março, as vendas no varejo brasileiro diminuíram 1,1% em termos reais, comparado ao mesmo mês de 2023, conforme o Índice Cielo de Varejo Ampliado (ICVA). Em termos nominais, refletindo a receita de vendas observadas, o índice registrou alta de 2,8%.

Cielo atribui queda no varejo em março à diferença de calendário, com duas quartas e quintas-feiras a menos em relação ao ano anterior. Essas perdas não foram compensadas por um domingo adicional, devido ao fechamento do comércio.

Bens Duráveis e Semiduráveis e Serviços registraram queda no faturamento, respectivamente, de 5,3% e 4,3%. Materiais para Construção e Autopeças e Serviços Automotivos foram os principais responsáveis por essa redução.

Apenas o macrossetor de Bens Não Duráveis registrou crescimento no mês, com alta de 2,0%, impulsionado pelo setor de Varejo Alimentício Especializado.

“Uma das hipóteses para a queda do varejo em março foi a inflação, que acelerou e pode ter desestimulado o consumo. O resultado só não foi mais negativo porque comércios mais impactados pela Páscoa como chocolaterias e supermercados registraram crescimento nas vendas”, destaca Carlos Alves, vice-presidente de Tecnologia e Negócios da Cielo.

O e-commerce cresceu 5,2% em março em termos nominais, enquanto as vendas presenciais aumentaram 2,1% em comparação com o mesmo período de 2023.

Em regiões

Segundo o ICVA deflacionado e com ajuste de calendário, as regiões apresentaram os seguintes resultados em relação a março de 2023: Sul (-0,1%), Centro-Oeste (-0,3%), Nordeste (-0,4%), Sudeste (-0,7%) e Norte (-1,2%).

No entanto, pelo ICVA nominal, as regiões destacaram-se com Sudeste (+3,9%), Sul (+3,2%), Norte (+2,9%), Centro-Oeste (+2,5%) e Nordeste (+2,4%), desconsiderando o desconto da inflação.

No primeiro trimestre de 2024, o varejo registrou queda de 0,8% em relação ao mesmo período do ano anterior, descontando a inflação, enquanto em termos nominais, apresentou alta de 3,1%.

O Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA) monitora mensalmente o desempenho do varejo brasileiro. Abrangendo 18 setores, desde pequenos a grandes varejistas, assim, representando 870 mil varejistas credenciados à companhia.

“O Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA) acompanha mensalmente a evolução do varejo brasileiro, de acordo com as vendas realizadas em 18 setores mapeados pela Cielo, desde pequenos lojistas a grandes varejistas. Eles respondem por 870 mil varejistas credenciados à companhia. O peso de cada setor no resultado geral do indicador é definido pelo seu desempenho no mês. O ICVA foi desenvolvido pela área de Business Analytics da Cielo com o objetivo de oferecer mensalmente uma fotografia do comércio varejista do país a partir de informações reais.” Explica o comunicado.

ICVA

O Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA) apresenta duas formas de análise:

  1. ICVA Nominal: Indica o crescimento da receita nominal de vendas no varejo ampliado em relação ao mesmo período do ano anterior. Reflete a realidade das vendas observada pelo varejista.
  2. ICVA Deflacionado: É o ICVA Nominal descontado da inflação, utilizando um deflator calculado a partir do IPCA e IPCA-15, ajustados ao mix e pesos dos setores no ICVA. Reflete o crescimento real do varejo, excluindo o efeito do aumento de preços.

Além disso, existe o ICVA Nominal/Deflacionado com ajuste de calendário, que remove os efeitos de calendário que impactam um determinado mês ou período ao compará-lo com o mesmo mês ou período do ano anterior. Isso permite observar o ritmo de crescimento, identificando acelerações e desacelerações do índice.

Rocha Schwartz
Paola Rocha Schwartz
Estudante de Jornalismo, apaixonada por redação e escrita! Tenho experiência na área educacional (alfabetização e letramento) e na área comercial/administrativ