Pressão externa

"Vida de Moraes não mudou": Eduardo cobra Trump por mais sanções

Deputado diz que restrições aplicadas até agora não impactaram o ministro e cobra endurecimento da Lei Magnitsky.

"Vida de Moraes não mudou": Eduardo cobra Trump por mais sanções
  • Eduardo Bolsonaro disse que as sanções dos EUA contra Moraes tiveram pouco impacto
  • Deputado pediu novas medidas em reunião com o secretário do Tesouro americano
  • Lei Magnitsky já congelou bens e contas, mas pode ganhar aplicação mais dura

Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou na última segunda-feira (1º) que as sanções dos EUA contra Alexandre de Moraes não surtiram o efeito esperado. O deputado disse que comunicou a insatisfação diretamente ao secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent.

Segundo ele, a avaliação indica que o impacto sobre a vida do ministro do STF permaneceu limitado. Por isso, novas medidas estariam em discussão dentro do governo Donald Trump, que já aplicou a Lei Magnitsky contra Moraes em julho.

Encontro nos EUA

Em entrevista ao jornalista Claudio Dantas, Eduardo contou que se reuniu com Bessent acompanhado do comentarista Paulo Figueiredo. O parlamentar relatou que defendeu uma aplicação mais dura da lei, sob risco de os EUA demonstrarem fragilidade.

“Se os americanos sancionam alguém e isso não muda nada, há um enfraquecimento da ferramenta. Não vejo Trump permitindo esse enfraquecimento”, afirmou.

Desse modo, na visão do deputado, um novo pacote de restrições contra Moraes é mais provável do que um recuo.

O que é a Lei Magnitsky

A Lei Magnitsky permite punir autoridades estrangeiras acusadas de violações de direitos humanos. As medidas incluem bloqueio de bens e congelamento de contas em território norte-americano.

No caso de Moraes, autoridades anunciaram as sanções em 30 de julho. Desde então, os EUA orientaram bancos internacionais a cumprir a decisão.

Para Eduardo Bolsonaro, o alcance das restrições precisa ser ampliado para gerar consequências concretas.

Eduardo nos EUA

O deputado está nos Estados Unidos desde fevereiro e pediu licença temporária da Câmara em março. O objetivo declarado é atuar em articulações para pressionar por sanções internacionais contra ministros e autoridades brasileiras.

Ele tem se reunido com integrantes do governo Trump e parlamentares republicanos. Ademais, Eduardo afirma que a pressão externa é necessária para, segundo ele, “restabelecer a democracia no Brasil”.

Por fim, a postura vem gerando críticas dentro e fora do Congresso. Aliados de Moraes veem nas ações de Eduardo um movimento de ataque à soberania nacional.

Luiz Fernando

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.