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Wall Street e Ibovespa em queda por aversão ao risco

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Mercados em baixa devido a preocupações globais e ruídos políticos; Wall Street e Ibovespa fecham com perdas.

Os mercados financeiros enfrentaram um dia de forte aversão ao risco, tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil.

Em Wall Street, uma série de preocupações se somaram, incluindo a crise no setor imobiliário chinês e suas possíveis ramificações na economia chinesa, bem como indicadores econômicos desfavoráveis nos EUA. Além disso, a expectativa de que o Federal Reserve (Fed) mantenha as taxas de juros elevadas por um período prolongado contribuiu para a queda dos índices.

No Brasil, o Ibovespa também sofreu com o clima de pessimismo. Além das preocupações globais, ruídos políticos locais pesaram no mercado.

Preocupações com China, economia dos EUA e ruídos políticos no Brasil afetam os mercados financeiros

Os mercados financeiros vivenciaram um dia de intensa aversão ao risco, com impactos significativos tanto em Wall Street quanto no Ibovespa, o principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo. A principal causa desse clima de pessimismo foi a conjunção de diversos fatores negativos que abalaram a confiança dos investidores.

Em Wall Street, os investidores estavam preocupados com a crise em curso no setor imobiliário chinês e como isso poderia afetar o crescimento da economia chinesa, uma peça-chave no cenário global. Além disso, dados econômicos desfavoráveis nos Estados Unidos alimentaram as preocupações, assim como a percepção de que o Federal Reserve (Fed) poderá manter as taxas de juros altas por um período prolongado.

A possibilidade de um “shutdown” nas atividades do governo dos EUA devido à falta de acordo entre congressistas também pairava sobre os mercados. Como resultado, o índice Dow Jones caiu 1,14%, o S&P500 recuou 1,47% e o Nasdaq perdeu 1,57%.

No Brasil, o Ibovespa também sofreu com o clima de pessimismo, sendo afetado não apenas pelas preocupações globais, mas também por ruídos políticos. A notícia de um provável atraso na votação da reforma tributária aumentou a incerteza nos mercados locais.

O índice encerrou o dia com uma queda de 1,49%, fechando aos 114.193,43 pontos, e o volume financeiro movimentado atingiu R$ 22,9 bilhões.

Pressões globais e políticas levam o dólar a se aproximar de R$ 5, enquanto exportadores buscam alívio

O dólar brasileiro está em alta, aproximando-se perigosamente da marca dos R$ 5 em um contexto de pressões tanto externas quanto internas. Os investidores demonstram grande cautela devido à conjuntura internacional e aos acontecimentos no cenário político doméstico.

No cenário global, a desconfiança em relação ao crescimento econômico da China surgiu após um novo surto na crise imobiliária no país asiático. Isso se soma às expectativas de que os Estados Unidos e a Europa mantenham as taxas de juros elevadas por um período prolongado. Além disso, a possibilidade iminente de um “shutdown” nas atividades do governo americano, devido à falta de acordo entre democratas e republicanos no Congresso, aumentou as preocupações dos investidores. Dados desfavoráveis sobre a atividade econômica nos EUA também contribuíram para o clima de apreensão.

No cenário interno, a divulgação da Ata do Copom confirmou a expectativa de que o ritmo de corte da taxa Selic será de 0,50 ponto percentual por reunião, como forma de combater a inflação. Além disso, o governo brasileiro anunciou planos para reclassificar as despesas com precatórios, buscando soluções para esse desafio fiscal sem desrespeitar as regras estabelecidas.

Entretanto, o clima político azedou ainda mais com o adiamento da entrega do relatório sobre a reforma tributária, o que indica que a votação da proposta no Senado pode ser atrasada e até mesmo não ocorrer neste ano.

Aproximando-se dos R$ 5, o câmbio atraiu exportadores, que entraram no mercado vendendo dólares, aliviando a pressão sobre a cotação da moeda.

No fechamento, o dólar à vista registrou alta de 0,42%, encerrando o dia a R$ 4,9871. O cenário internacional continua incerto, e as decisões políticas no Brasil estão gerando ansiedade nos mercados, tornando o futuro do câmbio uma incógnita.