Futuro da Tecnologia

Worldcoin já verificou a retina de mais de 150 mil pessoas em São Paulo

Worldcoin ultrapassa 150 mil verificações de íris em São Paulo, oferecendo prova de humanidade digital em meio ao avanço da IA. Empresa destaca privacidade e anonimização de dados.

Worldcoin já verificou a retina de mais de 150 mil pessoas em São Paulo

Em apenas um mês de operação no Brasil, a World (ex-Worldcoin), protocolo de verificação de humanidade, atingiu a marca de 150 mil pessoas verificadas na cidade de São Paulo. A empresa utiliza um sistema de leitura de íris para comprovar a identidade única de cada indivíduo, oferecendo uma “prova de humanidade” digital em meio ao crescente uso de inteligência artificial (IA).

Com mais de 645 mil usuários cadastrados no aplicativo World App no Brasil, a empresa oferece 21 pontos de verificação em São Paulo, onde os interessados podem agendar um horário para realizar o procedimento. A World destaca a importância de diferenciar interações humanas de automações no ambiente digital, especialmente com o avanço da IA.

O processo de verificação envolve a captura de uma imagem da íris e do rosto por meio do Orb, um dispositivo de alta tecnologia semelhante a uma câmera. A imagem é convertida em um código numérico único, chamado de código de íris, que comprova a identidade do indivíduo sem a necessidade de fornecer dados pessoais como nome, endereço ou documentos.

A World enfatiza a privacidade e a segurança dos dados coletados. As imagens originais da íris são criptografadas, enviadas para o telefone da pessoa e imediatamente deletadas do Orb. Os códigos de íris são então fragmentados e armazenados em nós computacionais operados por universidades e instituições confiáveis, garantindo o anonimato dos usuários.

Combate aos desafios da IA:

A World justifica sua tecnologia pela necessidade de combater os desafios trazidos pelo avanço da IA, como bots, deepfakes, fraudes de identidade e desinformação. A empresa cita um relatório que aponta que quase metade do tráfego online global em 2023 foi gerado por não humanos, a maior taxa em mais de uma década. A “prova de humanidade” oferecida pela World busca garantir a autenticidade das interações online e proteger a confiança e a privacidade dos usuários.

Rodrigo Tozzi, gerente de operações no Brasil da Tools for Humanity (TfH), empresa colaboradora da World, destaca a importância da verificação humana em um mundo cada vez mais permeado pela IA: “À medida que a IA se torna presente em todas as esferas da nossa vida, fica mais evidenciada a necessidade de se criar uma forma confiável para confirmar que somos humanos”. Ele complementa:

“Privacidade, segurança e anonimização devem estar no cerne da evolução tecnológica. Desta maneira, conseguimos não apenas garantir autenticidade, mas também segurança para os usuários”.