O que vai acontecer com a Easynvest após compra do Nubank?

Por enquanto as duas empresas continuam a operar de forma independente, mas a executiva não descarta a possibilidade da marca Easynvest ser descontinuada.

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Recentemente foi anunciado a compra da Easynvest pelo Nubank, que agora entra de vez no mercado de investimentos com sua nova parceira também roxinha. Esse mercado já era há anos uma demanda na companhia.

Segundo a cofundadora do Nubank, investimento é algo que a fintech sempre quis fazer, mas não tinha capacidade. Ainda segundo ela, a decisão de expandir nesse momento vem do ambiente atual de juros baixos e da busca cada vez maior por opções de diversificação pelos brasileiros.

Além disso, a empresária confirmou, mesmo que sem especificar valores, que a operação foi realizada em dinheiro e em troca de ações. Todo o processo de negociação demorou cerca de dois meses até o acordo finalmente ser formalizado.

Entretanto, a aquisição ainda depende da aprovação do Banco Central e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE). Todavia, a cofundadora, Cristina Junqueira defende que não haverá concentração de mercado, portanto, a expectativa é de aprovação. Por enquanto as duas empresas continuam a operar de forma independente, mas a executiva não descarta a possibilidade da marca Easynvest ser descontinuada.

“A marca Easy vai ficar lá [operando]. No futuro, talvez a gente tenha uma marca só. Mas por enquanto, o plano é manter separado.”

Cristina Junqueira

Por que a Easynvest?

Segundo Junqueira, há uma fila de gente querendo pôr dinheiro no Nubank, mas que o mesmo não precisa desse dinheiro. O objetivo era buscar por investidores que estivessem comprados na visão de longo prazo adotada pela empresa. “Foi bacana encontrar a Easy, uma empresa que tinha um alimento bastante bacana de propósito, bem como encontrar na Advent um investidor que confia na nossa estratégia e direção”, afirma a cofundadora.

Por fim, a empresária destacou que um pequeno grupo será formado com a função de interagir com as duas empresas. Assim sendo, esse grupo irá pensar na estratégia. Além disso, Junqueira deixou claro que quer oferecer os produtos de investimentos que a Easy possui a seus cliente no Nubank. “Como isso vai acontecer ainda não sabemos. A ideia não é ir devagar, mas com cuidado.”

Diogo Albuquerque: Graduando em Ciências Econômicas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, apaixonado por macroeconomia e finanças e colaborador do Guia do Investidor.
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