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Otimismo com payroll se dissipou em NY, influenciando negativamente os mercados. Em casa, Petrobras e Bradesco pesaram sobre o Ibovespa.
O otimismo que se manifestou em Wall Street após a divulgação do payroll de julho se dissipou ao longo da sessão de sexta-feira, levando as bolsas de Nova York a fechar em território negativo. A avaliação de que o aumento salarial e a baixa taxa de desemprego podem manter o mercado de trabalho americano apertado, possibilitando um novo aumento dos juros pelo Fed em setembro, prevaleceu.
A queda da ação da Apple também influenciou o resultado. No Brasil, o desempenho das ações da Petrobras e do Bradesco prejudicou o Ibovespa, que fechou em queda de 0,89%.
As bolsas de Nova York fecham em baixa; Ações da Petrobras e do Bradesco afetam o desempenho do Ibovespa
O entusiasmo inicial em Wall Street devido aos sinais mistos do payroll de julho esvaiu-se ao longo da sessão de sexta-feira, e as bolsas em Nova York acabaram o dia no vermelho. Ao final, prevaleceu a avaliação de que a possibilidade de aumento salarial e a baixa taxa de desemprego manterão o mercado de trabalho americano sob pressão. Isso poderia levar a um novo aumento das taxas de juros pelo Federal Reserve (Fed) em setembro, embora essa ainda não seja a aposta majoritária.
A Apple também contribuiu para o ambiente negativo, com suas ações caindo 4,80%. Como resultado, o Dow Jones caiu 0,43%, para 35.065,62 pontos. O S&P 500 recuou 0,53%, para 4.478,03 pontos. O Nasdaq caiu 0,36%, para 13.909,24 pontos. Na semana, os índices caíram 1,11%, 2,27% e 2,85%, respectivamente.
No Brasil, a prudência também se fez presente, com as ações da Petrobras e do Bradesco impactando o Ibovespa. A Petrobras reagiu a declarações do presidente da empresa, Jean Paul Prates, que reacenderam temores de interferência política na companhia. O desempenho do banco foi prejudicado pelos resultados do segundo trimestre.
O Ibovespa fechou em queda de 0,89%, aos 119.507,68 pontos. Na semana, o Ibovespa caiu 0,57%. O volume financeiro do dia foi de R$ 30,1 bilhões.
Alta de quase 3% na semana é impulsionada por rebaixamento do rating dos EUA pela Fitch e PMIs mais fracos na Zona do Euro e China
A moeda norte-americana fechou em queda nesta sexta-feira, acompanhando a retração da moeda no mercado internacional após a divulgação do payroll de julho. Esse resultado ajudou os investidores a realizarem lucros após um salto de quase 2% no pós-reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).
O relatório do payroll de julho apresentou resultados mistos, com queda no número de vagas, mas com aumento nos salários, o que elevou ligeiramente as chances – de 65% para 67% – de o Federal Reserve (Fed), o banco central dos EUA, manter os juros até dezembro. Isso provocou uma forte queda nos retornos dos títulos do Tesouro dos EUA.
Foi notada também a influência das medidas anunciadas pelo Banco do Povo da China (PBoC) para melhorar a liquidez e a oferta de crédito no país. Essas medidas beneficiam economias emergentes e exportadoras como o Brasil.
No entanto, apesar da queda no último dia da semana, o dólar à vista subiu quase 3% em relação ao real na semana. Esta elevação foi pressionada por fatores externos, incluindo o rebaixamento do rating dos EUA pela agência Fitch e a divulgação de indicadores PMI (Purchasing Managers’ Index) mais fracos na zona do euro e na China do que nos Estados Unidos.
Além disso, no lado doméstico, o corte de 0,50 ponto percentual na Selic e preocupações sobre um relaxamento monetário mais rápido do que o indicado pelo Banco Central também contribuíram para a valorização do dólar, que chegou a se aproximar dos R$ 4,90. No fechamento de sexta-feira, a moeda à vista caiu 0,48%, a R$ 4,8753.
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