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Bolsas de NY buscam recuperação após queda por inflação acima do esperado, apontando possível corte de juros pelo Fed em junho.
Após a forte queda provocada pela inflação acima das expectativas, as bolsas de Nova York tentaram se recuperar. Os investidores reajustam suas apostas sobre o início do corte de juros pelo Fed, que pode acontecer em junho em vez de maio. Embora alguns membros do Fed alertem para uma trajetória “acidentada” na volta à meta de inflação, o mercado mostra otimismo com os sinais de recuperação econômica.
Expectativas sobre corte de juros e alertas do Fed influenciam o comportamento do mercado em Nova York
Após um dia marcado por uma queda acentuada, as bolsas de Nova York empreenderam uma tentativa de recuperação nesta quarta-feira. A forte queda registrada na véspera foi resultado da divulgação do Índice de Preços ao Consumidor (CPI), que indicou uma inflação superior à esperada. Essa surpresa nos números provocou uma revisão nas expectativas do mercado em relação ao início do corte de juros pelo Federal Reserve (Fed).
Os dados de janeiro apontam para a possibilidade de o Fed iniciar o corte nas taxas de juros em junho, em vez de maio, como anteriormente previsto. Essa mudança nas expectativas reflete a cautela dos investidores diante das pressões inflacionárias e das perspectivas de política monetária mais apertada nos Estados Unidos.
Apesar das indicações de uma possível correção nos ativos, alguns membros do Fed alertaram que o caminho de volta à meta de inflação de 2% pode ser “acidentado”, sugerindo possíveis turbulências no processo de ajuste da política monetária.
No mercado acionário, o índice Dow Jones subiu 0,40%, encerrando o dia aos 38.424,27 pontos, enquanto o S&P500 ganhou 0,96%, atingindo os 5.000,62 pontos. O Nasdaq avançou 1,30%, fechando aos 15.859,15 pontos. Destacou-se o desempenho das ações da Lyft, empresa de transporte por aplicativo, que dispararam 35,12% após anunciar uma redução no seu prejuízo líquido no último trimestre.
No mercado de renda fixa, os retornos dos Treasuries recuaram, refletindo a cautela dos investidores em relação aos rumos da política monetária. O juro do T-bond de 30 anos, por exemplo, caiu para 4,454%, enquanto o da T-note de 2 anos recuou para 4,594%, demonstrando a busca por ativos considerados mais seguros em meio à incerteza no mercado financeiro.
A inflação nos EUA leva dólar a fechar em alta moderada.
O mercado financeiro viu o dólar à vista encerrar o dia em uma trajetória de leve alta, refletindo o impacto da inflação ao consumidor (CPI) nos Estados Unidos, divulgada recentemente, que ultrapassou as previsões dos analistas. Essa surpresa nos números levou a um ajuste nos ativos, com os investidores repensando suas estratégias em meio às expectativas de política monetária mais apertada por parte do Federal Reserve.
Os dados divulgados indicaram uma pressão inflacionária maior do que o previsto, o que gerou preocupações sobre a possibilidade de o Fed adotar medidas mais rigorosas para controlar a inflação, como aumentar as taxas de juros ou reduzir as políticas de estímulo monetário.
Essas preocupações se refletiram no comportamento do mercado cambial, com o dólar à vista registrando uma leve alta durante a sessão de hoje. O cenário de juros mais altos nos EUA tende a atrair investimentos para o país, fortalecendo o dólar em relação a outras moedas.
No âmbito doméstico, o mercado foi marcado por uma baixa liquidez e um noticiário esvaziado, em grande parte devido ao feriado prolongado em Brasília. Com isso, os investidores concentraram suas atenções principalmente nos eventos externos, como os desdobramentos econômicos nos Estados Unidos e a reação dos mercados internacionais.
Ao final do dia, o dólar à vista fechou com uma valorização de 0,22%, sendo cotado a R$ 4,9723. Enquanto isso, o dólar futuro para março apresentou um avanço de 0,38%, atingindo o valor de R$ 4,9795. Esses números refletem a cautela dos investidores diante das incertezas em relação à política monetária nos EUA e seu impacto nos mercados globais.
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