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As ações chinesas e de Hong Kong enfrentaram mais um dia de queda nesta quinta-feira, com o sentimento de risco abalado após o Federal Reserve dos Estados Unidos sinalizar um possível aumento das taxas de juros até o final do ano e uma política monetária mais apertada em 2024 do que o previamente esperado.
O índice CSI300, que reúne as maiores empresas listadas nas bolsas de Xangai e Shenzhen, encerrou o dia com uma queda de 0,9%, atingindo seu nível mais baixo desde novembro de 2022. O índice de Xangai também teve uma baixa de 0,77%. O índice Hang Seng, de Hong Kong, não ficou imune à tendência negativa e caiu 1,29%.
Essa queda nas ações asiáticas seguiu a tendência de Wall Street, que também registrou perdas após o Federal Reserve reforçar sua postura de política monetária rigorosa, colocando pressão sobre os mercados globais.
O Fed, conforme esperado, manteve as taxas de juros inalteradas na quarta-feira, mas revisou suas projeções para o final de 2024 e 2025, elevando-as em 50 pontos-base cada, essencialmente indicando a perspectiva de juros “altos por mais tempo”, como apontaram analistas da Nomura em uma nota.
“Aumento dos rendimentos dos títulos dos EUA, dólar mais forte e preços elevados de energia – todos esses são ingredientes para uma receita ruim para as ações asiáticas”, afirmou a Nomura.
O mercado japonês não escapou dessa tendência, com o índice Nikkei recuando 1,37%, atingindo 32.571 pontos.
A volatilidade também atingiu outros mercados asiáticos, com o índice KOSPI de Seul registrando uma desvalorização de 1,75%, o TAIEX de Taiwan apresentando uma baixa de 1,32% e o índice STRAITS TIMES de Cingapura desvalorizando-se 1,21%.
Na Austrália, o índice S&P/ASX 200 também registrou uma queda de 1,37%, fechando em 7.065 pontos.
O cenário global de incerteza econômica e as ações do Federal Reserve estão claramente impactando os mercados asiáticos, levando os investidores a se ajustarem a uma perspectiva de política monetária mais restritiva nos Estados Unidos e seus possíveis efeitos na economia global. O aumento dos rendimentos dos títulos dos EUA e o fortalecimento do dólar estão adicionando pressão às ações asiáticas, que buscam estabilidade em meio a esses desafios.
A bolsa brasileira
O mercado acionário brasileiro, representado pelo Ibovespa, enfrentou uma manhã tumultuada, com uma queda substancial de quase 2.300 pontos em relação ao fechamento anterior. A queda representou uma baixa de 1,81%, levando o índice a alcançar os 116.576,82 pontos, com uma mínima recente registrada em 116.220,27 pontos, representando uma queda de 2,09%.
Essa drástica mudança de humor nos mercados foi motivada pelo posicionamento hawkish do Federal Reserve dos Estados Unidos, afastando investidores estrangeiros de ativos relacionados a commodities. Além disso, o estresse global relacionado aos rendimentos dos Treasuries de 10 anos, que subiram quase 13 pontos-base para o maior patamar desde 2007, se combinou com a postura rigorosa do Comitê de Política Monetária (Copom) no Brasil, impactando negativamente os juros locais e afetando empresas varejistas e construtoras, além do frigorífico BRF.
Impacto nas Blue Chips:
- Vale (#VALE3) registrou uma queda de 2,12%, com suas ações sendo negociadas a R$ 67,85.
- Petrobras PN (#PETR4) apresentou uma diminuição de 0,82%, com as ações cotadas a R$ 34,00.
- Bradesco PN (#BBDC4) sofreu uma queda de 2,87%, com suas ações atingindo o valor de R$ 22,71.
- Itaú (#ITUB4) teve uma redução de 1,88%, com suas ações cotadas a R$ 27,11.
Empresas | Preço Atual (R$) | Maior alta (R$) | Maior baixa (R$) | Preço de abertura | Variação desde abertura (%) |
PETR3 | 37,1 | 37,53 | 36,96 | 37,05 | 0,13% |
PRIO3 | 47,5 | 48,49 | 47 | 48,31 | -1,68% |
RRRP3 | 31,53 | 32,25 | 31,5 | 32,25 | -2,23% |
ITUB4 | 27,13 | 27,4 | 27 | 27,3 | -0,62% |
SANB11 | 26,22 | 26,55 | 26,18 | 26,4 | -0,68% |
BBDC4 | 14,45 | 14,61 | 14,38 | 14,56 | -0,76% |
AMER3 | 0,78 | 0,81 | 0,78 | 0,81 | -3,70% |
BHIA3 | 0,74 | 0,78 | 0,72 | 0,76 | -2,63% |
MGLU3 | 2,37 | 2,48 | 2,35 | 2,47 | -4,05% |
BBAS3 | 46,8 | 47,39 | 46,75 | 47,32 | -1,10% |
CPLE6 | 9,09 | 9,13 | 8,94 | 9,01 | 0,89% |
AMBP3 | 20,86 | 21,63 | 20,7 | 21,63 | -3,56% |
OIBR3 | 0,68 | 0,69 | 0,67 | 0,69 | -1,45% |
ITUB4 | 27,13 | 27,4 | 27 | 27,3 | -0,62% |
VALE3 | 67,96 | 68,46 | 67,7 | 68,3 | -0,50% |
Maiores Altas:
- CSN Mineração (#CMIN3) foi uma exceção, registrando um aumento de 1,54%, com suas ações cotadas a R$ 4,63.
- Suzano (#SUZB3) também apresentou um leve aumento de 1,09%, com suas ações atingindo R$ 55,44.
- Copel (#CPLE6) obteve um aumento de 0,55%, com suas ações cotadas a R$ 9,09.
Maiores Baixas:
- Locaweb (#LWSA3) foi uma das empresas mais afetadas, sofrendo uma queda significativa de 5,69%, com suas ações negociadas a R$ 6,30.
- Magalu (#MGLU3) também registrou uma grande queda de 5,56%, com suas ações atingindo o valor de R$ 2,38.
- BRF (#BRFS3) sofreu uma diminuição de 5,29%, com suas ações cotadas a R$ 8,96.
- MRV (#MRVE3) não escapou das quedas e teve uma redução de 4,31%, com suas ações sendo negociadas a R$ 10,89.
O mercado financeiro brasileiro foi claramente afetado pelas notícias globais, com a postura hawkish do Federal Reserve dos Estados Unidos gerando uma saída de investidores estrangeiros de ativos brasileiros relacionados a commodities. Além disso, o Copom também desempenhou um papel importante na queda do mercado, com sua política monetária rígida pressionando os juros locais e impactando negativamente setores-chave, como varejo e construção. A volatilidade nos mercados globais continua a ser um fator determinante para os investidores, que estão atentos às mudanças nas políticas monetárias e econômicas que afetam os mercados financeiros brasileiros.
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