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A próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Brasil, marcada para esta quarta-feira (31), vem carregada de expectativas significativas do mercado. Prevê-se mais um corte de 0,50 ponto percentual (p.p), que ajustaria a taxa básica de juros para 11,25% ao ano. Essa previsão não é surpreendente, tendo em vista as indicações do Copom em reuniões anteriores sobre a continuidade dessa tendência de redução.
Sérgio Goldenstein, estrategista-chefe da Warren Investimentos, e outros analistas do mercado financeiro concordam que o ritmo dos cortes deve se manter, apoiando-se no processo desinflacionário atual. Goldenstein espera que o comunicado do Copom reitere a perspectiva de cortes similares nas próximas reuniões, mantendo a política monetária contracionista.
As condições econômicas desde a última reunião do Copom, incluindo a dinâmica inflacionária e as expectativas de inflação, aparentemente não sofreram alterações substanciais que justifiquem uma mudança na abordagem do Comitê.
Rafael Cardoso, economista-chefe da Daycoval Asset, projeta que os cortes continuem até o fim do primeiro semestre de 2024. A partir do segundo semestre, ele prevê reduções menores, de 0,25 p.p, antecipando uma taxa de juros um pouco abaixo de 9% ao final de 2024. Cardoso ressalta que uma conjuntura mais favorável em termos fiscais, juros mais baixos que o esperado nos EUA, ou uma inflação inferior ao projetado poderiam influenciar essa trajetória.
Internacionalmente, a política monetária dos Estados Unidos, conduzida pelo Federal Reserve (Fed), também é de grande interesse para os investidores. A falta de clareza sobre a trajetória dos juros nas economias desenvolvidas tem sido um fator limitante para uma redução mais acentuada da taxa básica de juros no Brasil, como apontado por Fernando Siqueira, da Guide Investimentos.
O Bank of America (BofA) antecipa que o Copom decidirá unanimemente por cortar a taxa para 11,25%, mantendo o ritmo de redução. Destacam-se a incerteza fiscal e a intensificação dos riscos geopolíticos como justificativas para esta continuidade.
Além da reunião do Copom, a primeira Super Quarta do ano traz também a reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do Fed. As expectativas são de que o Fed mantenha a taxa de juros entre 5,25% e 5,50%, com o mercado atento aos sinais sobre futuras ações.
Rafael Cardoso, da Daycoval, menciona que o Fed já indicou a possibilidade de cortes de juros, mas estes devem começar mais para o final do ano. Diferentemente das expectativas do mercado, ele acredita que a taxa de juros nos EUA começará a cair na virada do segundo para o terceiro trimestre de 2024, possivelmente estabilizando-se em torno de 4,5%.
A situação atual torna difícil para o Federal Reserve reduzir a taxa para abaixo de 4% ao ano, a menos que ocorra uma desaceleração econômica mais pronunciada.
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