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A abordagem ESG, que reúne as políticas de meio-ambiente, responsabilidade social e governança, visam avaliar até que ponto uma corporação trabalha em prol de objetivos socioambientais, de transparência e inclusão que vão além do comprometimento com o mercado somente, envolvendo consumidores, fornecedores, colaboradores e seus investidores.
O termo ESG ganha cada vez mais notoriedade, é cada vez mais falado e conhecido, em especial no setor corporativo. Para o coordenador pedagógico do Movimento Circular, Professor Dr. Edson Grandisoli, as empresas são atores essenciais que devem inovar e criar soluções que colaborem com o ambiente e as sociedades como um todo. A abordagem ESG incorpora essas dimensões às ações das empresas sem perder de vista a importância da sustentabilidade do próprio negócio .
“Um dos caminhos que dialoga com o tripé ESG é a Economia Circular, uma vez que ela propõe um olhar globalizante e integrado para os processos de extração de recursos, produção, consumo e descarte. Ou seja, incorporar práticas ligadas à circularidade é um caminho fundamental frente às urgências socioambientais, uma vez que busca soluções com a participação de todos os atores dessa cadeia, e não simplesmente de forma isolada e pontual”
Alerta
Para o advogado Emanuel Pessoa, Mestre em Direito pela Harvard Law School e Doutor em Direito Econômico pela Universidade de São Paulo, embora central para os negócios, é preciso que o ESG seja aplicado de forma racional, ou empresas interessadas em promover mudanças sociais ou de consumo que entendem ser positivas podem ser incapazes de atingir os resultados que desejam. “Assim, não é mais relevante só produzir um grande produto ou oferecer um ótimo serviço. É preciso estar alinhado ao que o público-alvo quer e acredita”.
A relação dos consumidores mudou não apenas em relação ao comércio, mas também em como eles enxergam o enlace de marcas com questões ambientais e sociais, e isso inclui as escolhas logísticas de transporte e entrega. “É mais do que retorno ambiental: é posicionamento de mercado e marca: branding”, afirma o presidente da BBM, Antonio Wrobleski.
Para Wrobleski, boas práticas de governança são vitais para que as empresas de logística operem com responsabilidade. Isso envolve o estabelecimento de programas de conformidade para assegurar a adesão às leis, regulamentos e padrões de ética. E essa governança não para por aí, já que ela também engloba padrões anticorrupção, estratégias para reduzir riscos e criação de uma cultura específica e voltada a isso dentro das empresas. “E isso é responsabilidade de todos: estimular mudanças sustentáveis, não só em relação às relações logística e e-commerces, mas em toda rede de operação”.
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