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A Light (LIGT3), distribuidora de energia do Rio de Janeiro, divulgou seus resultados referentes ao quarto trimestre e ao ano de 2022, registrando um prejuízo de R$ 5,6 bilhões no ano passado, impactado por efeitos não recorrentes contabilizados no último trimestre. Em 2021, a empresa havia registrado um lucro de R$ 398 milhões. Apesar disso, a receita líquida da companhia cresceu em relação ao ano anterior, chegando a R$ 13,3 bilhões, e o Ebitda atingiu R$ 1,7 bilhão, um aumento de 28%.
Segundo a empresa, a maior parte dos ajustes que impactaram o quarto trimestre se refere a uma provisão para devolução integral de créditos de PIS/Cofins aos consumidores, o que impactou negativamente o resultado líquido em R$ 2,7 bilhões. A distribuidora convive há anos com um desequilíbrio financeiro devido às dificuldades estruturais históricas da sua área de concessão, onde os níveis de inadimplência e furto de energia são muito superiores à média nacional.
Além disso, a Light enfrenta queda no consumo de energia faturado em sua área de concessão. Segundo o CEO da companhia, Octavio Pereira Lopes, o consumo de energia faturado em 2022 permaneceu em níveis inferiores ao pré-covid, ficando 8,2% menor do que em 2019 e cerca de 12,5% inferior a 2013. Ainda segundo Lopes, nenhuma outra grande distribuidora de energia no Brasil enfrentou a queda de mercado faturado experimentada pela Light nos últimos anos.
Diante desse cenário, a empresa já iniciou discussões com a Aneel e o Ministério de Minas e Energia em busca da renovação da concessão em bases que garantam a sustentabilidade e qualidade do serviço prestado e do seu negócio, levando em consideração as particularidades da sua área de concessão. O CEO da empresa busca a antecipação desse processo para garantir a continuidade das operações da companhia.
Confira abaixo os principais indicadores operacionais da Light referentes ao ano de 2022:
Indicador | Valor |
---|---|
Receita líquida | R$ 13,3 bilhões |
Lucro líquido | prejuízo de R$ 5,6 bilhões |
Ebitda | R$ 1,7 bilhão |
Consumo de energia faturado | 8,2% menor do que em 2019 e cerca de 12,5% inferior a 2013 |
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