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O valor do Real pode cair e este é o motivo

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UBS adverte que impasse na dívida dos EUA pode provocar queda de 10% nas moedas de mercados emergentes, mesmo com acordo.

O UBS, banco suíço, aconselha investidores a se protegerem contra a desvalorização cambial em mercados emergentes, como o Brasil, diante do impasse sobre o teto da dívida dos Estados Unidos.

Mesmo que um acordo seja alcançado para evitar um default técnico, o UBS sugere cautela. Se a disputa fiscal entre democratas e republicanos em Washington persistir, as moedas dos países em desenvolvimento podem cair até 10%, alertam os estrategistas do banco.

Essa previsão surge no contexto de custos elevados de carry trade e novas preocupações com o comércio global.

Risco de default técnico nos EUA ameaça valor das moedas emergentes

Estrategistas do UBS estão aconselhando os investidores a se protegerem contra a possível desvalorização cambial em mercados emergentes, como o Brasil, devido ao atual impasse sobre o teto da dívida dos Estados Unidos.

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Mesmo que um acordo seja alcançado para evitar um default técnico, os especialistas do banco suíço recomendam cautela. Caso a disputa fiscal entre democratas e republicanos em Washington se prolongue, eles preveem que as moedas dos países em desenvolvimento poderiam cair até 10%.

Essa previsão é motivada pelos custos elevados de carry trade, uma estratégia que envolve tomar dinheiro em mercados com juros baixos e investir em outros com taxas mais altas. A situação é ainda mais complexa devido a novas preocupações com o comércio global, que afeta a atração das moedas de risco.

“Nossos modelos de curto prazo mostraram que as moedas dos mercados emergentes estão extraordinariamente caras em relação a outras classes de ativos,” escreveram os estrategistas, incluindo Manik Narain e Rohit Arora.

Apesar desse cenário preocupante, o UBS destacou que a renda variável em nações emergentes pode superar mercados desenvolvidos se a previsão pessimista do banco sobre ações americanas se concretizar.

A classe de ativos preferida do UBS nos países em desenvolvimento são títulos em moeda local, com estratégias que incluam proteção cambial, devido a juros reais mais altos.

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No entanto, se o teto da dívida americana for elevado a tempo, as moedas podem experimentar uma recuperação modesta e de curta duração. O UBS espera que moedas como o real brasileiro, a rupia indiana, o peso colombiano e o zloty polonês tenham um desempenho superior.

Em caso de um pequeno atraso em elevar o teto da dívida dos EUA, a volatilidade aumentará, afetando principalmente as moedas populares pelo carry trade na América Latina e Leste Europeu. Se o impasse durar um mês, os estrategistas do UBS preveem uma recessão nos EUA e uma queda de até 10% nas moedas dos mercados emergentes.


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