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Documentos publicados pelo Disinformation Chronicle nesta terça-feira (22) revelam que o Centro de Combate ao Ódio Digital (CCDH), uma ONG sediada no Reino Unido, tem como uma de suas principais metas “matar o Twitter” após a aquisição da plataforma por Elon Musk. Além disso, a ONG busca estreitar laços com o governo do presidente Joe Biden e da vice-presidente Kamala Harris.
De acordo com os documentos vazados, o CCDH estaria empenhado em enfraquecer o Twitter, argumentando que o discurso de ódio aumentou significativamente desde que Musk assumiu o controle da plataforma. A organização defende ações para provocar regulamentação da União Europeia (UE) e do Reino Unido em relação às redes sociais, visando uma maior supervisão sobre as plataformas.
Índice de conteúdo
Relações com Kamala Harris e Amy Klobuchar
Um dos nomes mencionados nos documentos é o de Morgan McSweeney, que atualmente assessora a campanha presidencial de Kamala Harris. A revelação levanta questões sobre a neutralidade da ONG e sua proximidade com políticos influentes dos EUA. McSweeney, antes de atuar na campanha de Harris, estava diretamente ligado às atividades do CCDH.
Outro nome citado na denúncia é o da senadora americana Amy Klobuchar, que tem defendido abertamente regulamentações mais rígidas para redes sociais. O documento detalha que o CCDH estava buscando reuniões com a equipe de Klobuchar para conseguir citações de apoio em comunicados à imprensa, reforçando a campanha regulatória contra o Twitter.
“Matar o Twitter” e a agenda regulatória
Um ponto que chamou atenção nos documentos vazados foi o uso do termo “matar o Twitter”, considerado agressivo para uma organização focada no combate ao ódio. O termo aparece em diferentes versões dos documentos, datadas de janeiro, março e junho de 2024, como uma das “prioridades anuais” da ONG.
Os críticos acusam o CCDH de usar táticas de boicote e lobby para pressionar reguladores e silenciar críticos, além de influenciar o resultado das eleições. A ONG poderia estar violando leis de lobby ao tentar impactar diretamente a legislação americana, algo que pode comprometer sua reputação.
Elon Musk e sua campanha por Donald Trump
Enquanto o CCDH intensifica suas atividades, o bilionário Elon Musk tem se manifestado abertamente em apoio ao ex-presidente Donald Trump nas eleições de 2024. As eleições presidenciais nos EUA estão acirradas, e os votos em estados-pêndulos podem decidir o resultado final.
Nos últimos dias, Musk também comentou sobre criptomoedas em suas redes sociais. Ao ser questionado sobre a atuação da SEC (Comissão de Valores Mobiliários dos EUA) em relação ao mercado cripto, Musk afirmou que não poderia comentar sobre criptomoedas específicas, mas que vê valor nesse tipo de ativo.
“Acho que as criptomoedas são uma defesa interessante e provavelmente valiosa contra o controle centralizado. Acredito que, por sua natureza, as criptos ajudam a proteger a liberdade individual,” afirmou Musk.
Sua empresa, Tesla, atualmente detém cerca de 10.000 bitcoins (avaliados em cerca de R$ 3,8 bilhões) em suas reservas, demonstrando o interesse do bilionário no setor.
Ações e reações
As revelações dos documentos do CCDH levantam questões sobre o papel das ONGs no debate público e político nos EUA e no Reino Unido. Enquanto a organização defende suas ações como necessárias para combater o discurso de ódio e regular redes sociais, críticos alertam para o potencial conflito de interesses e os métodos empregados para atingir seus objetivos.
O uso de termos como “matar o Twitter” e a proximidade com figuras políticas de alto escalão, como Kamala Harris, geram preocupações sobre a imparcialidade da ONG e seu impacto nas discussões políticas e eleitorais.
Por outro lado, a crescente oposição de Musk às tentativas de regulamentação do Twitter e seu apoio público a Trump mostram que a batalha pelo controle e regulamentação das redes sociais está longe de acabar.
Com as eleições presidenciais nos EUA cada vez mais próximas, o papel de grandes plataformas digitais como o Twitter, agora sob a liderança de Elon Musk, e a regulamentação dessas mídias provavelmente continuarão sendo temas centrais nos debates sobre liberdade de expressão, discurso de ódio e política digital.
Essas revelações podem intensificar ainda mais as discussões em torno de como ONGs, empresas de tecnologia e políticos interagem no cenário global, moldando o futuro da internet e da comunicação online.
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