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Governo de Lula realiza pagamentos de R$ 10,9 bilhões em emendas a deputados e senadores, buscando apoio político no Congresso.
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva realizou pagamentos no valor de R$ 10,9 bilhões em emendas parlamentares até julho de 2023. Essa estratégia tem o objetivo de conquistar apoio político no Congresso, principalmente do grupo conhecido como “Centrão”.
No entanto, apesar do empenho expressivo de R$ 16,2 bilhões em emendas desde janeiro, apenas R$ 1,5 bilhão foi efetivamente liberado até o momento. A liberação das emendas, que foram reservadas em anos anteriores, pode ser utilizada pelo governo como uma moeda de troca em futuras votações no Legislativo.
No segundo semestre, espera-se pressão para que Lula efetue os pagamentos referentes às emendas empenhadas nos primeiros meses do ano.
Estratégia de Lula busca garantir apoio político através da liberação de emendas parlamentares
O governo liderado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) adotou uma estratégia política para conquistar apoio no Congresso Nacional. Até julho de 2023, foram realizados pagamentos no valor de R$ 10,9 bilhões em emendas parlamentares, visando fortalecer as relações políticas com o grupo conhecido como “Centrão”.
Essa liberação de recursos é uma condição imposta pelo Centrão para apoiar as agendas de interesse do Executivo na Câmara dos Deputados e no Senado. Quanto mais rápido os pagamentos são efetuados, maior é o apoio recebido. Porém, apesar do empenho expressivo de R$ 16,2 bilhões em emendas desde janeiro, apenas R$ 1,5 bilhão foi efetivamente liberado até o momento.
O ritmo de pagamentos não tem acompanhado o ritmo de empenho das emendas. Os pagamentos começaram no final de janeiro e se intensificaram em maio, mas ainda há um grande volume de recursos pendentes. No segundo semestre, espera-se que o governo seja pressionado a efetuar os pagamentos referentes às emendas empenhadas nos primeiros meses do ano.
Dentre os valores liberados até agora, 60% (R$ 6,5 bilhões) foram reservados em anos anteriores e estão sendo pagos apenas agora. Essa liberação de emendas já reservadas pode ser utilizada pelo governo como uma moeda de troca em futuras votações nas duas casas legislativas.
Com a aprovação da reforma tributária na Câmara dos Deputados, houve um aumento significativo no empenho de emendas nas últimas semanas. No dia 4 de julho, foram empenhados R$ 2,1 bilhões em emendas parlamentares. A estratégia de liberar emendas e garantir apoio político é uma prática comum no cenário político brasileiro, visando a aprovação de pautas de interesse do governo no Legislativo.
Liberação recorde de emendas fortalece estratégia de Lula para obter apoio
Visando conquistar apoio, o governo estabeleceu um novo recorde na liberação de emendas parlamentares na quinta-feira (6). Um montante impressionante de R$ 5,3 bilhões foi autorizado para financiar projetos, compras e obras em redutos eleitorais de parlamentares.
Dentre os partidos que mais se beneficiaram com essa liberação de recursos estão o Partido Liberal (PL), liderado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, e o Progressistas (PP), cujo presidente é Arthur Lira, também ocupante do cargo de presidente da Câmara dos Deputados.
Diante de uma base de apoio fragilizada e insuficiente no Congresso, Lula tem recorrido a práticas conhecidas como “toma lá dá cá”, oferecendo verbas e cargos em troca de apoio nas votações tanto na Câmara quanto no Senado. Essa estratégia visa garantir a aprovação de propostas fundamentais para o governo.
É interessante notar que, apesar do PL estar posicionado na oposição a Lula, membros do partido têm negociado cargos e emendas com o Palácio do Planalto desde o início do atual governo. Auxiliares do presidente afirmam contar com aproximadamente 30 votos da bancada do PL, que possui 99 deputados, para apoiar propostas de cunho econômico.
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