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As principais companhias privadas de saúde representam a elite ao combate das principais enfermidades e da busca constante para o avanço da medicina. No entanto, o setor privado precisa de recursos próprios para financiar estas operações.
Para otimizar seus recursos e fortalecer as operações, a Oncoclínicas fechou uma parceria com a Unimed Nacional para a construção de um novo cancer center em São Paulo — um projeto que deve levar três anos para ficar pronto e demandar um capex de R$ 300 milhões.
Pelos termos do contrato, a Oncoclínicas terá 75% do empreendimento, e a Unimed Nacional os outros 25%. Esse modelo de joint venture é o mesmo adotado pela Oncoclínicas em cinco de seus seis cancer centers já operacionais. No Rio, por exemplo, a sociedade é com a Casa de Saúde São José; em Belo Horizonte, com a Unimed BH; e em Salvador, com o Hospital Santa Izabel.
O cancer center de São Paulo terá 40.000 metros quadrados e vai operar com 350 leitos quando estiver no auge da capacidade, em três anos. O hospital de média e alta complexidade “vai cobrir toda a jornada do paciente oncológico, de A a Z,” diz o CEO da Oncoclínicas, Bruno Ferrari.
“Vai ter diagnóstico, anatomia patológica, genômica, terapia celular, cirurgia robótica e uma parte com todas as instalações para a radioterapia.”
A parceria com a Unimed Nacional é importante porque o cancer center já nasce “abastecido com uma base grande de vidas,” disse o CEO.
Além disso, a Unimed Nacional tem uma carteira com mais de 630 mil clientes em São Paulo e região metropolitana, e é um dos planos de saúde que mais tem crescido na metrópole.
A Oncoclínicas já tinha uma parceria no tratamento ambulatorial dos clientes da Unimed Nacional, que podiam usar as duas clínicas da companhia em São Paulo, além de seu centro de radioterapia. O contrato entre as duas empresas não prevê nenhum tipo de exclusividade — o cancer center também vai atender outras operadoras de planos de saúde.
Desse modo, para a Unimed, o investimento é uma forma de ampliar a oferta de sua rede credenciada, tornando o plano mais atrativo – ao mesmo tempo em que, como sócia do empreendimento, terá um maior controle da jornada de seus clientes, o que ajuda a reduzir custos.
“Hoje o tratamento de câncer dos nossos clientes está disperso na nossa rede e não conseguimos acompanhar a jornada,” disse o CEO da Unimed Nacional, Luiz Paulo Tostes Coimbra.
“O mais importante dessa parceria é a maneira como a gente vai influenciar o percurso do tratamento, qualificando e encurtando essa jornada e tendo um controle maior disso. A redução de custo é consequência.” Para a Oncoclínicas, o novo cancer center faz parte da estratégia de capturar uma fatia maior da jornada dos pacientes.
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