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A Petrobras (PETR4) divulgou seus resultados de produção no segundo trimestre de 2023, apresentando um novo recorde na produção do pré-sal, mas também enfrentando desafios no pós-sal e no setor de refino. A produção total de petróleo e gás da companhia foi de 2,6 milhões de barris de óleo equivalente por dia (Mboed), registrando uma leve queda de 0,6% em relação ao mesmo período do ano anterior.
A redução na produção foi atribuída principalmente a alguns fatores, como um maior volume de perdas por paradas e manutenções, o declínio natural de campos maduros e desinvestimentos. No entanto, esses efeitos foram parcialmente compensados pelo ramp-up da plataforma P-71, no campo de Itapu, e pelo início de produção dos FPSOs Almirante Barroso.
Apesar da queda geral na produção, a Petrobras alcançou um novo recorde trimestral na produção do pré-sal, com 2,06 milhões de barris de óleo equivalente por dia, representando 78% da produção total da empresa. Esse desempenho reflete os investimentos e avanços tecnológicos que a Petrobras tem realizado na exploração e produção de petróleo na camada pré-sal.
No entanto, a produção do pós-sal foi de 346 mil barris por dia (Mbpd), uma queda de 9,7% em relação ao primeiro trimestre, principalmente devido ao maior volume de perdas por paradas e manutenções, desinvestimento em Albacora Leste e declínio natural da produção. A produção em terra e águas rasas também foi impactada, chegando a 48 Mbpd, oito Mbpd inferior ao trimestre anterior, também devido ao maior volume de perdas com paradas e manutenções.
No setor de refino, a Petrobras registrou um aumento de 1,5% no volume de vendas de derivados em relação ao primeiro trimestre, impulsionado principalmente pelas vendas de gasolina e GLP (gás liquefeito de petróleo). A produção de derivados também apresentou alta de 9,4% no período, resultado da maior disponibilidade das refinarias após importantes paradas programadas realizadas no primeiro trimestre.
As vendas de diesel tiveram um leve aumento de 0,8% no segundo trimestre, enquanto as vendas de gasolina dispararam 15,7%, impulsionadas pelo ganho de participação da gasolina sobre o etanol hidratado no abastecimento dos veículos flex e pelo aumento do mercado ciclo Otto. No geral, as vendas do primeiro semestre de 2023 foram 9,3% superiores às do primeiro semestre de 2022, marcando o melhor desempenho para um primeiro semestre nos últimos seis anos.
Quanto à geração de energia elétrica e às vendas de gás natural, a Petrobras manteve-se estável em relação ao primeiro trimestre. A geração de energia elétrica visou principalmente atender à demanda interna por vapor e também envolveu oportunidades comerciais relacionadas à exportação para a Argentina. As vendas de gás natural permaneceram no patamar médio de 50 milhões de metros cúbicos por dia.
Em resumo, a Petrobras alcançou um novo recorde na produção do pré-sal, mas enfrentou desafios no pós-sal e no setor de refino durante o segundo trimestre de 2023. A empresa continua a buscar melhorias operacionais e estratégias para enfrentar os desafios do mercado de energia e consolidar sua posição como uma das principais empresas do setor no país.
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