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O preço do petróleo ampliou sua queda para o menor patamar desde fevereiro.
Nesta terça-feira (04), o petróleo fechou em queda forte, estendendo as perdas de mais de 3% da sessão anterior e ampliando sua queda para o menor patamar desde fevereiro, após ser pressionado pelas decisões tomadas na reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) do último fim de semana.
No último domingo (02), a Opep+ decidiu pela extensão dos cortes de oferta além do prazo inicial do fim de junho, o que já era esperado pelo mercado. No entanto, o cartel surpreendeu ao afirmar que vai encerrar gradualmente os cortes a partir do quarto trimestre deste ano, o que alterou as perspectivas de equilíbrio entre oferta e demanda por petróleo no futuro próximo.
De acordo com informações, os cortes na produção já estão programados para começarem a se desfazer já em outubro, adicionando barris a um mercado assolado por preocupações persistentes sobre a demanda e o fornecimento robusto de países produtores que não fazem parte do grupo.
O petróleo WTI, que é referência americana, com entrega prevista para julho teve um recuo de 1,31%, a US$ 73,25 por barril. Já o Brent, referência global, para agosto cedeu 1,07%, a US$ 77,52 por barril.
Segundo a projeção de Bill Weatherburn, economista sênior de commodities e meio ambiente da Capital Economics, há o risco de que o plano de redução dos cortes não seja inteiramente cumprido caso os preços do petróleo caiam muito. No entanto, o fato da Opep+ ter delineado um planejamento mostra que alguns membros do cartel estão insatisfeitos com as cotas de produção acordadas no passado.
“Supomos que essas preocupações com a participação no mercado e a demanda de petróleo acabarão vencendo e que a Opep+ seguirá com seu plano de aumentar a produção a partir de outubro deste ano”, diz o economista.
Os traders estão monitorando a possibilidade de uma recuperação dos preços, já que a recente onda de venda empurrou os preços para o território de sobre venda.
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