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Petróleo registra queda de 4% e arrasta ações do setor

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Esse foi o menor nível desde março de 2023.

Na terça-feira (10), após o relatório da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) indicar uma desaceleração da demanda de alguns países, especialmente a China, o petróleo recuou mais de 4%.

Segundo informações, na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para outubro fechou em queda de 4,31% (US$ 2,96), a US$ 65,75 o barril — o menor nível desde março de 2023 —, enquanto o Brent para novembro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), teve perdas de 3,69% (US$ 2,65), a US$ 69,19 o barril, alcançando o menor nível desde dezembro de 2021.

Analistas justificam a queda nos preços da commodity como reflexo das expectativas de mercado sobre a demanda global.

“A demanda está parcialmente estagnada, a produção cresce nas Américas e o mercado de petróleo provavelmente entrará em excedentes de fornecimento no ano que vem”, mencionaram, em relatório.

Petróleo cai e arrasta ações da PRIO

Na semana passada, o petróleo operou em queda, com Brent para dezembro negociado a US$ 76,25 o barril, queda de -1,64%. O WTI para outubro está em sendo negociado em queda de -0,88%, a US$ 72,90 por barril.

Os contratos futuros do petróleo abriram mistos em dia de retorno dos EUA do feriado, prometendo mais liquidez no mercado financeiro.

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Analistas dizem ainda que os dados do índice de gente de compras (PMI) industrial da China divulgados no fim de semana renovaram as preocupações com a demanda daqui para frente. Ele destaca que os preços de casas novas subiram em seu ritmo mais fraco em 2024, “um sinal de que a demanda por moradias está diminuindo, o que não é um bom presságio para as demandas de matérias-primas e também de petróleo.”

Com isso, as ações da Prio registraram uma forte queda.

Petróleo supera os US$ 80 com ataques no Oriente Médio

Petrobras ganhou R$ 40,9 bilhões em valor de mercado.

Segundo informações, os papéis da petroleira estatal foram alavancados pela valorização do barril de petróleo, que registrou alta de 2,58% e voltou a superar os US$ 80.

O aumento do valor do petróleo está associada à suspensão de exportações da commodity na Líbia. O governo local suspendeu toda a produção e venda ao exterior por motivos de disputas políticas.

Um outro fator que pressiona o valor da principal commodity do mundo é a escalada das tensões no Oriente Médio. O ataque do grupo extremista baseado no Líbano, Hezbollah, a Israel ligou novamente o alerta de que uma guerra global pode se instaurar na região. 


ANP anunciou planos para leilões de petróleo e gás em 2025

O diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Rodolfo Saboia, confirmou à Reutersque os editais para os próximos leilões de concessão e partilha de áreas de petróleo e gás serão lançados até o final deste ano. A previsão é que os leilões sejam realizados em meados de 2025.

Saboia explicou que não haverá leilõesneste ano devido a mudanças significativas nas exigências de conteúdo local para os projetos, as quais exigiram a revisão e aprimoramento dos editais. Ele destacou que essas mudanças foram implementadas com o objetivo de revitalizar e fortalecer as áreas disponíveis para concessão.

“Este ano não teremos leilões devido às adaptações necessárias nas regras de conteúdo local. Estamos trabalhando para lançar os editais até o final do ano, proporcionando às empresas tempo suficiente para se prepararem”.afirmou Saboia, durante sua participação em um evento organizado pelo Ibef.

Os leilões estão estrategicamente planejados para ocorrerem antes da COP 30, conferência climática marcada para novembro do próximo ano em Belém (PA). Essa antecipação visa alinhar os interesses do setor de energia com os compromissos globais de sustentabilidade e climáticos.

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Com essas medidas, a ANP visa assegurar um processo transparente e eficiente para a exploração de novas áreas de petróleo e gás no Brasil, proporcionando um ambiente propício para investimentos e desenvolvimento no setor energético nacional.

Movimentações Recentes

No início do mês de junho, o diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Rodolfo Sabóia, manifestou preocupação com os possíveis efeitos da Operação Valoriza Regulação, deflagrada pelo Sindicato Nacional dos Servidores das Agências Reguladoras Federais (Sinagências). Em carta enviada à ministra de Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, e a outros ministérios, Sabóia expressou apoio ao movimento, mas destacou os impactos negativos que podem surgir.

Entre as atividades afetadas pela mobilização dos servidores, Sabóia destacou a distribuição de participações governamentais, que totalizam cerca de R$ 8 bilhões mensais repassados à União, estados e municípios. A paralisação também pode prejudicar a concessão de autorizações para importação de combustíveis, a fiscalização de postos de combustíveis e a emissão de licenças para operação de plataformas e refinarias, atividades essenciais para a economia nacional.

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Sabóia enfatizou que a ANP já enfrenta uma situação de fragilidade devido à limitação de pessoal e cortes orçamentários contínuos, que dificultam o desenvolvimento de sistemas automatizados e a contratação de apoio adicional. Ele revelou que a agência teve que dispensar mais de 30 profissionais de tecnologia devido à falta de recursos, comprometendo a segurança cibernética.

Desde 2013, o orçamento da ANP foi reduzido drasticamente, passando de R$ 397 milhões para apenas R$ 134 milhões em 2024. Ao mesmo tempo, as responsabilidades da agência aumentaram, mas o quadro de servidores, projetado há mais de 25 anos, não foi atualizado. A evasão de funcionários, em busca de melhores salários e oportunidades, agrava ainda mais a situação.

Sabóia mencionou que os servidores responsáveis pela auditoria do volume de produção de petróleo e gás natural e pelo pagamento das participações governamentais, que este ano devem somar cerca de R$ 94 bilhões, necessitam de constante atualização técnica para evitar prejuízos à arrecadação. Contudo, a defasagem salarial de aproximadamente 30% em comparação a outras carreiras do Executivo Federal tem causado dificuldades na retenção desses profissionais.

O diretor-geral da ANP concluiu a carta reiterando a preocupação com os impactos da mobilização dos servidores nas atividades da agência e apoiando a pauta de recomposição salarial das carreiras de regulação, essencial para manter a eficiência e eficácia da ANP em suas funções cruciais para o país.


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