Continua após o anúncio
Ministra Tebet barra mudanças no IBGE defendidas por Pochmann. Dúvidas sobre o futuro da comunicação do Instituto.
Em um cenário de incertezas, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, tomou uma decisão que deixa muitos questionamentos no ar. Ela barrou os planos do presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Márcio Pochmann, de alterar a forma de divulgação dos resultados das pesquisas realizadas pela instituição.
O economista Pochmann havia expressado a intenção de modernizar a comunicação do IBGE, afirmando que o modelo anterior estava ultrapassado. Contudo, a ministra preferiu manter o status quo, mantendo a divulgação dos dados por meio de entrevistas à imprensa.
Essa decisão levanta questões sobre o futuro da comunicação e transparência das informações produzidas pelo IBGE, uma instituição vital para o delineamento das políticas econômicas do Brasil. Enquanto Pochmann buscava uma abordagem mais contemporânea e aberta, a manutenção do antigo formato de divulgação de dados deixa um cenário de dúvidas e incertezas no horizonte. Além disso, a recusa de Tebet em apoiar as mudanças sugeridas pelo presidente do IBGE ressalta a complexidade das relações políticas e o equilíbrio delicado entre o governo e as instituições estatísticas.
Decisão da ministra Tebet mantém modelo de divulgação do IBGE, gerando incertezas sobre a transparência das informações
A decisão da ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, de barrar as mudanças propostas pelo presidente do IBGE, Márcio Pochmann, na forma de divulgação dos resultados das pesquisas realizadas pelo Instituto, lança uma sombra de dúvida sobre o futuro da transparência das informações estatísticas no Brasil. Pochmann havia defendido a modernização da comunicação do IBGE, argumentando que o modelo antigo, baseado em coletivas de imprensa, já não era suficiente para atender às demandas atuais.
A ministra, no entanto, optou por manter o formato tradicional de divulgação, que envolve entrevistas à imprensa. Essa decisão levanta questionamentos sobre a capacidade do IBGE de se adaptar às mudanças tecnológicas e comunicar seus dados de maneira mais acessível e direta ao público. Em um mundo cada vez mais digital e interconectado, a manutenção do status quo pode parecer uma escolha conservadora, suscitando dúvidas sobre o compromisso do governo com a transparência e a modernização.
Além disso, a decisão da ministra Tebet também coloca em destaque as complexas dinâmicas políticas envolvidas na gestão de instituições estatísticas. Pochmann, escolhido pessoalmente pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, torna-se uma figura central nessa disputa de poder, e a ministra não teve a liberdade de recusar suas propostas.
Em última análise, a incerteza paira sobre o futuro da comunicação do IBGE e a transparência de suas informações, o que pode ter implicações significativas para as políticas econômicas e sociais do Brasil. Enquanto o mundo avança em direção a uma era de maior abertura e acesso à informação, o país parece hesitar em seguir esse caminho, deixando a sociedade com muitas perguntas sem resposta.
Esperança de vida ao nascer no Brasil fica em 75,5 anos em 2022
A expectativa de vida ao nascer no Brasil, em 2022, ficou em 75,5 anos, segundo dados das Tábuas da Mortalidade, divulgados nesta quarta-feira (29), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O estudo foi construído com base no Censo Demográfico de 2022, diferentemente dos anos anteriores, em que a expectativa de vida era calculada a partir de projeções populacionais revisadas em 2018, que eram baseadas no Censo de 2010.
A informação mostra também, pela primeira vez, os impactos da pandemia de covid-19 na expectativa de vida do brasileiro, uma vez que os números de 2020 (76,8 anos) e 2021 (77 anos) ainda não levavam em conta os óbitos provocados pela doença. “A gente fez uma estimativa não prevendo uma crise sanitária que afetasse os óbitos”, diz Izabel Marri, pesquisadora do IBGE.
Neste ano, o IBGE também está revisando os números de anos anteriores. Os números preliminares apontam que a esperança de vida no país em 2020 foi de 74,8 anos, portanto, dois anos a menos do que o estimado anteriormente. Em 2021, ano da pandemia com mais mortes, foi de 72,8 anos (ou seja, 4,2 anos a menos).
Follow @oguiainvestidor
DICA: Siga o nosso canal do Telegram para receber rapidamente notícias que impactam o mercado.