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A recente aprovação da quarta fase do Open Banking no Brasil deve trazer mudanças relevantes para o cenário financeiro, abrindo caminho para a portabilidade de investimentos. Essa nova etapa deve trazer benefícios tanto para investidores quanto para instituições financeiras, ao permitir uma integração mais fluida entre plataformas e maior controle dos usuários sobre seus ativos.
Para Samuel Barros, reitor do Ibmec-RJ, a aprovação da portabilidade de investimentos é uma oportunidade única para transformar o mercado financeiro brasileiro.
“Essa mudança não apenas reduzirá custos para o investidor, mas também criará um ambiente mais competitivo, onde a transparência e a eficiência se tornarão essenciais”, comenta.
A nova regulamentação facilitará a transferência de investimentos entre instituições financeiras, o que deverá levar a uma redução nas taxas cobradas. Essa desburocratização não apenas tornará os serviços mais acessíveis, mas também permitirá que os investidores aproveitem as condições financeiras. Com a possibilidade de transferir investimentos de maneira mais simples, as instituições financeiras serão incentivadas a oferecer serviços mais atrativos para reter e atrair clientes.
Barros enfatiza que a competitividade resultante beneficiará tanto os gestores quanto os usuários finais, criando um ciclo virtuoso de melhoria contínua. A nova regulação também promete aumentar a transparência no mercado financeiro. As condições dos investimentos, incluindo taxas e rendimentos, serão mais claras para os investidores, permitindo decisões mais assertivas. No entanto, Samuel alerta para um período de adaptação que poderá ser solicitado aos gestores.
“Os gestores terão que se adaptar, inovar e oferecer uma experiência superior aos seus clientes, o que, a longo prazo, beneficiará tanto os investidores quanto às instituições financeiras”, acrescenta. Esse processo pode envolver investimentos em tecnologia e aprimoramento de processos.
Com a portabilidade, os investidores devem ganhar maior controle sobre seus ativos, podendo buscar melhores oportunidades sem enfrentar barreiras significativas. Isso significa que gestores que se destacam pela eficiência e pela qualidade do atendimento terão mais chances de prosperar, enquanto aqueles que não se adaptarem podem enfrentar dificuldades.
Embora a nova regulação represente um avanço significativo, Barros sugere que ainda há espaço para melhorias. A inclusão de educação financeira nas diretrizes poderia ajudar a preparar melhor os investidores para navegar neste novo ambiente. Além disso, uma maior clareza nas taxas e regras de proteção ao investidor durante o processo de portabilidade seria benéfica.
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