Guia do Investidor
precos
Notícias

Preço faz 82% deixarem de comprar itens no supermercado

Nos siga no Google News

Continua após o anúncio

O consumidor brasileiro vem acompanhando de perto as variações de preços dos produtos no varejo e mudando hábitos para comprar mais e pagar menos. É o que aponta o novo levantamento da Neogrid, ecossistema de tecnologia e inteligência de dados que desenvolve soluções para a gestão da cadeia de consumo, realizado em parceria com o Opinion Box, empresa referência em tecnologia para pesquisa de mercado e experiência do cliente. Para 65% dos entrevistados, o preço é um fator decisivo na hora da compra. Tanto que 82% dos respondentes deixaram, no primeiro semestre de 2024, algum item no supermercado por conta do valor.

A pesquisa “Hábitos de Compra no Varejo Alimentar”, realizada entre junho e julho de 2024, revela que, além do preço, os consumidores consideram promoções e descontos (65,7%) e a qualidade do produto (63%) como pontos cruciais no momento da compra. Os dados mostram que 83% dos entrevistados acompanham promoções de itens específicos que querem adquirir e 84% levam mais produtos quando notam que o preço está baixo nas prateleiras.

O estudo da Neogrid/Opinion Box também apresenta quais itens se tornaram mais escassos nos carrinhos dos consumidores nos primeiros seis meses do ano. O azeite lidera essa lista, com 54,8% dos respondentes dizendo ter reduzido o consumo. De acordo com a Horus, solução da Neogrid especializada na leitura e análise de notas fiscais com agilidade e eficácia, o preço médio por unidade do produto subiu 19,8% em julho na comparação com o início do ano. Na sequência, aparecem as carnes (41,3%) e legumes, verduras e frutas (24,4%). Cerca de 80% dos brasileiros ouvidos não consideram justos os preços que pagam hoje nas compras.

Leia mais  Número de cervejarias registradas no país cresceu 12% em 2021

“Estamos verificando um interesse crescente dos consumidores brasileiros por preços mais em conta e promoções. Esse comportamento acaba estimulando a procura por ofertas mais vantajosas, além de comparações entre redes de supermercados e marcas concorrentes”, explica Anna Fercher, head de Customer Success e Insights da Neogrid.

“Uma das possíveis razões para esse contexto é a perceptível diminuição do poder de compra dos brasileiros e as recentes elevações de preços de categorias que costumam estar presentes nos carrinhos dos consumidores.”

Dados examinados pela Horus indicam que houve retração do consumo nos lares brasileiros de janeiro a junho de 2024 em relação ao mesmo período de 2023, com uma redução de 7,3% no gasto médio por compra. A média de itens levados pelos consumidores caiu 7,5%, considerando a cesta de alto giro (FMCG) monitorada pela empresa.

Tecnologia como aliada em preços mais justos

Um total de 51% dos entrevistados pelo estudo concorda que o uso da inteligência artificial (IA) poderia ajudar em relação a preços mais justos, enquanto 95,8% responderam que gostariam de maior transparência sobre os motivos dos valores de cada produto. Na avaliação da Predify, solução da Neogrid pioneira em análise de pricing baseada em IA, esses números atestam a importância de monitorar regularmente o comportamento dos consumidores e montar estratégias para se manter equiparado com a concorrência.

“Nossas análises sinalizam, por exemplo, um cenário em que a IA sugere a redução dos preços em 15% dos produtos disponíveis aos consumidores. Nessa projeção, já conseguimos ver uma rebaixa de preço de até 5%, ao mesmo tempo em que observamos um aumento de receita de 135% e um lucro bruto de 91%”, afirma Carlos Schmiedel, fundador da Predify. “A tecnologia é uma poderosa aliada na colaboração entre indústria, varejo e distribuidores.”

Crescimento dos atacados e atacarejos

Leia mais  Lula pode cair: Lira dá recado ao Governo sobre meta fiscal

O estudo elaborado por Neogrid e Opinion Box constata que 62% dos entrevistados fizeram, em busca de preços mais justos, visitas mais frequentes a atacados e atacarejos nos últimos doze meses. Quando questionados sobre as justificativas, produtos mais baratos (82,8%), de maior qualidade (56,9%) e mais variedade (73,1%) foram as mais citadas em referência a essas modalidades.

Varejo físico e online

Apesar da ampliação na regularidade de visitas a atacados, os supermercados tradicionais se mantêm como a principal opção de varejo físico do consumidor para realizar compras (34,4%). Logo depois, aparecem, em segundo lugar, os atacarejos (30,1%), seguidos de hipermercados e grandes redes (24,3%). Apenas 10,7% responderam frequentar mercados de bairro.

O perfil de pessoas que fazem compras físicas ou online se mostrou equilibrado, com pouco mais de 50% dos respondentes preferindo efetuar todas as compras presencialmente, enquanto cerca de 35% por realizar parte delas digitalmente. A pesquisa também perguntou qual a importância da experiência de compra em loja física, com 40% dos entrevistados considerando um ponto decisivo.

Leia mais  Produção industrial permanece estável em junho

Quanto à assiduidade, 56% dos consumidores revelaram fazer compras online pelo menos uma vez no mês, apontando os preços mais baixos, as promoções exclusivas e a comodidade como os principais fatores para essa tomada de decisão.


Nos siga no Google News

DICA: Siga o nosso canal do Telegram para receber rapidamente notícias que impactam o mercado.

Leia mais

Regras do Pix mudam a partir de novembro

Agência Brasil

Ministério da Cultura destina R$ 58 mi a petistas e ONGs de assessores

Márcia Alves

Brasil tem aumento de 400% de casos de dengue em 2024

Márcia Alves

Empresas e MEI têm até dia 31 para regularizar dívidas com Simples

Agência Brasil

Deputada defende projeto contra extinção do dinheiro em papel

Fernando Américo

Governo aumenta arrecadação em 10%; volume atinge recorde

Agência Brasil

Deixe seu comentário