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Governo argentino ameaça repressão policial à venda ilegal de dólar, enquanto moeda paralela atinge 600 pesos.
O governo argentino liderado pelo Ministro da Economia e candidato à presidência, Sergio Massa, alertou que poderá empregar força policial e agentes fiscais para conter a venda clandestina de dólares no país.
A declaração veio após uma reunião com sindicalistas. Enquanto a cotação oficial do dólar fechou a 285 pesos, a moeda paralela conhecida como “dólar blue” atingiu quase 600 pesos recentemente.
Massa expressou sua determinação em combater especulações e processos ilegais que ocorrem em torno do mercado informal do dólar.
O Ministro observou a necessidade de estabilidade no mercado oficial para conter atividades especulativas. Autoridades, incluindo a Unidade de Informação Financeira e o Banco Central, estão monitorando o mercado cambial paralelo antes das primárias eleitorais.
Governo argentino busca conter escalada do “dólar blue” com ameaças de repressão policial
O governo argentino, por meio do seu Ministro da Economia e candidato à presidência, Sergio Massa, emitiu uma advertência contundente contra a venda ilegal de dólares no mercado paralelo.
Após um encontro com sindicalistas, Massa afirmou que poderia recorrer à força policial e à intervenção dos agentes fiscais para conter a crescente escalada do dólar paralelo, também conhecido como “dólar blue”. Nos últimos dias, essa moeda atingiu quase 600 pesos, chegando perto de seu recorde histórico.
Enquanto o dólar oficial fechou a 285 pesos, o aumento acentuado no mercado paralelo tem preocupado as autoridades. Massa destacou a necessidade de estabilidade no mercado oficial como forma de mitigar as atividades especulativas que alimentam o mercado informal do dólar.
“Estávamos sob a impressão de que a situação estava melhorando, mas os mesmos elementos problemáticos reapareceram. Vamos aplicar a lei com rigor na quarta-feira para enfrentar essas questões”, afirmou Massa.
O Ministro também expressou sua preocupação com a interferência da flutuação do dólar paralelo na economia e enfatizou a importância de manter a integridade do mercado financeiro. Ele destacou que medidas precisam ser tomadas para proteger a estabilidade econômica e combater a especulação que ocorre no mercado informal.
Autoridades, incluindo a Unidade de Informação Financeira (UIF), o Banco Central da República Argentina (BCRA) e outros órgãos, estão monitorando de perto o mercado cambial paralelo, especialmente à luz das próximas primárias eleitorais marcadas para o domingo (13). A incerteza em torno do cenário político também pode estar contribuindo para a volatilidade do mercado de câmbio no país.
Argentina vê aumento na adoção de criptomoedas devido à crise econômica
A crise econômica enfrentada pela Argentina tem impulsionado cada vez mais pessoas a adotarem criptomoedas como uma alternativa para proteger o valor de seu dinheiro em meio à desvalorização do peso e à alta inflação.
O número de usuários ativos em plataformas cripto no país dobrou no último ano, chegando a 5 milhões de pessoas. Essa adoção tem sido impulsionada principalmente pelas stablecoins, que são moedas digitais pareadas em algum ativo do mercado tradicional, como o dólar e o euro.
A Argentina é a segunda nação da América Latina com maior adoção de criptoativos, ficando atrás apenas do Brasil, de acordo com um relatório da empresa de inteligência em blockchain Chainalysis. A desvalorização do peso argentino, que perdeu 97% de seu valor em relação ao dólar nos últimos cinco anos, e a inflação acima de 114% em 12 meses têm levado as pessoas a buscarem proteção para seu patrimônio.
Diferente do Brasil, onde os criptoativos são vistos principalmente como investimento, na Argentina eles são utilizados como uma forma de preservar o valor do dinheiro e lidar com a crise econômica. Os argentinos veem as criptomoedas, especialmente as stablecoins, como uma maneira de relacionar-se com o dinheiro e preservá-lo em um contexto de grande instabilidade monetária.
Além das pessoas físicas, os investidores institucionais também estão se voltando para as criptomoedas na Argentina. A exchange Ripio lançou o serviço Ripio Select, voltado para clientes institucionais e de alta renda, que já representa 45% do volume total da corretora. Além disso, a empresa também lançou a LaChain, uma blockchain focada em desenvolver casos de uso que atendam às necessidades específicas de indivíduos e instituições latinoamericanas.
Diante do cenário econômico caótico, as criptomoedas têm se mostrado uma alternativa viável para os argentinos protegerem seu patrimônio e lidarem com a instabilidade financeira do país.
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