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O Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) está prestes a registrar um marco histórico no Brasil. Até o Natal, que ocorre na próxima segunda-feira, 25 de dezembro, esse instrumento de medição alcançará a marca inédita de R$ 3 trilhões em impostos pagos pelos contribuintes brasileiros ao longo do ano. Essa contabilidade abrange não apenas impostos, mas também taxas, contribuições, multas, juros e correção monetária, representando o montante total destinado aos governos federal, estadual e municipal.
No mesmo dia do ano anterior, em 25 de dezembro, o Impostômetro registrava R$ 2,8 trilhões, ou seja, ficou R$ 200 bilhões abaixo do valor atual. Este é um acontecimento histórico, pois é a primeira vez, desde o início de suas operações em 2005, que o painel atinge essa marca expressiva.
Marcel Solimeo, economista chefe da ACSP, destaca que esse número inédito chama a atenção para um importante aspecto: “O problema fiscal do governo não se encontra do lado da Receita, mas dos gastos.” Essa afirmação ressalta a preocupação com os altos níveis de gastos públicos e a necessidade de controle rigoroso dessas despesas.
Solimeo também observa que o governo tem recorrido a aumentos substanciais na tributação para cumprir as metas do “arcabouço fiscal”. Além disso, a recente aprovação da Reforma Tributária poderá resultar em novos aumentos de impostos, aumentando ainda mais a carga tributária dos contribuintes. Portanto, ele enfatiza a importância de os contribuintes acompanharem de perto esses desenvolvimentos e cobrarem medidas efetivas de redução dos gastos públicos.
O Impostômetro tem como objetivo fornecer informações transparentes sobre a arrecadação de impostos, permitindo que os contribuintes avaliem se os governos estão utilizando esses recursos de maneira apropriada. Além do painel físico localizado na Rua Boa Vista, 51, no Centro Histórico de São Paulo, próximo ao prédio da ACSP, há também o site do Impostômetro, que oferece a possibilidade de acompanhar a arrecadação em diferentes níveis governamentais.
Esse marco de R$ 3 trilhões em impostos pagos destaca a importância de um debate contínuo sobre a eficiência do gasto público e a necessidade de buscar soluções que equilibrem as finanças do governo enquanto aliviam a carga tributária sobre os cidadãos e as empresas brasileiras.
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