A Receita Federal identificou um expressivo aumento na circulação de stablecoins no país, apontando para um crescente uso desses criptoativos, que mantêm sua paridade com moedas fiduciárias, especialmente o dólar, facilitando sua adoção como meio de pagamento.
Dentre as stablecoins em destaque, o Tether (USDT) se sobressai, registrando um volume acumulado de 271 bilhões nos últimos quatro anos. Esse valor é quase o dobro do movimento contabilizado para o Bitcoin. Então, considerando apenas os dados parciais de 2023, a Receita Federal revelou que 80% da movimentação de criptomoedas está relacionada ao USDT.
A atenção da Receita Federal para esse aumento de circulação destaca a importância de monitorar o crescimento e a influência das stablecoins no cenário financeiro do Brasil. O relatório sinaliza uma tendência crescente no uso desses ativos, possivelmente motivada pela paridade com moedas fiduciárias e seu impacto direto no mercado de criptomoedas.
Busca da Receita Federal
O estudo da Receita Federal realça a necessidade de uma análise mais profunda sobre as implicações, os riscos e os impactos econômicos desse movimento. Afinal, a avaliação desses criptoativos é essencial para garantir a segurança nas operações financeiras, evitando possíveis atividades suspeitas ou ilegais.
Portanto, a vigilância das stablecoins são cruciais para identificar possíveis movimentações e promover uma regulação mais eficaz no contexto das criptomoedas no Brasil.
PicPay anuncia suspensão temporária das operações com criptomoedas
Em um comunicado recente, o PicPayanunciou que irá temporariamente pausar suas operações envolvendo criptomoedas. Os usuários foram notificados dessa interrupção na última sexta-feira (20), e o comunicado detalha os próximos passos nesse processo. A partir de agora, os usuários não podem mais adquirir criptomoedas por meio do aplicativo PicPay. No entanto, aqueles que ainda possuem saldo em suas contas de cripto terão a oportunidade de liquidar seus ativos sem a incidência de taxas até o dia 11 de dezembro.
Para aqueles que desejam manter seus criptoativos, o PicPay oferecerá uma solução chamada “portabilidade”. Assim, os usuários que desejam realizar essa transferência poderão fazê-lo a partir do dia 30 de outubro diretamente pelo aplicativo PicPay, na seção dedicada às criptomoedas.
A empresa afirmou que a decisão de pausar temporariamente suas operações se deve ao desejo de obter maior clareza e segurança no cenário regulatório atual. A empresa acredita que é importante avaliar cuidadosamente o ambiente regulatório e retornar à atuação no mercado quando os regulamentos estiverem mais bem definidos.
Essa decisão do PicPay ressalta a importância de uma abordagem cautelosa e em conformidade com as regulamentações governamentais no setor de criptomoedas. A empresa optou por tomar essa medida temporária a fim de garantir que suas operações futuras com criptomoedas sejam em total conformidade com as normas e regulamentações vigentes.
Posicionamento da marca
Esse é um exemplo da maturidade do mercado, em que empresas que atuam nesse setor buscam proteger os interesses dos usuários. Portanto, a decisão de pausar as operações pode ser vista como um passo em direção a um futuro mais seguro para o uso de ativos digitais.
Os usuários do PicPay devem ficar atentos às orientações da empresa sobre como proceder com seus ativos, seja optando por liquidá-los ou realizando a portabilidade. Em qualquer caso, a empresa está buscando garantir que essa transição ocorra de maneira clara, tendo respeito pelos interesses dos usuários.
Embora essa pausa seja vista como uma precaução, ela também será necessária para que as empresas criem um ambiente de negócios mais seguro. Afinal, espera-se que as operações com criptomoedas do PicPay possam retomar, beneficiando seus usuários e o ecossistema de criptomoedas.
Magalu (MGLU3) entra no mercado de criptomoedas
Na quinta-feira, 19 de outubro, a Magazine Luiza (MGLU3), uma das maiores empresas de varejo do Brasil, por meio de sua fintech MagaluPay, anunciou sua entrada no mercado de criptomoedas. Essa novidade é fruto de uma parceria com a exchange brasileira Mercado Bitcoin, uma das principais exchanges de criptomoedas do país.
De acordo com o anúncio, a plataforma da Magalu agora permite que os usuários comprem e vendam criptomoedas, incluindo o Bitcoin (BTC), o Ether (ETH) e o USD Coin (USDC). É importante notar que a empresa adiou seu projeto de lançar sua própria criptomoeda, a “Lucoin”.
O acesso a essas criptomoedas começa a partir de R$ 1, tornando a oportunidade de investir em moedas digitais acessível a um amplo público. Assim, mais de 10 milhões de usuários da Magalu terão acesso ao serviço, e para muitos deles, essa será a primeira experiência com ativos criptográficos.
A MagaluPay
Posteriormente, o diretor de produtos do MagaluPay, Fábio Murakami, comentou sobre a iniciativa: “Para muitos desses clientes, será o primeiro contato com criptoativos. Vamos mostrar que transações com criptomoedas não são um bicho de sete cabeças.”
Além de disponibilizar a compra e venda de criptomoedas, a plataforma da Magalu também oferecerá conteúdo educacional sobre criptomoedas. Isso é uma tentativa de ajudar os usuários a tomar decisões informadas e seguras ao investir em criptomoedas.
No contexto dessa empreitada, o Mercado Bitcoin assume a responsabilidade pela tecnologia e segurança dos processos na plataforma. O diretor de Produtos do MB, Guilherme Pimentel, destacou o papel da empresa: “Disponibilizamos ao Magalu e ao MagaluPay a infraestrutura do MB Cloud, um serviço do tipo crypto as a service, possibilitando que ofereçam aos seus clientes a opção de comprar e vender criptoativos diretamente no aplicativo. Estamos entusiasmados em fornecer a tecnologia para que esse gigante do varejo possa explorar o potencial da economia tokenizada, conectando milhões de pessoas com o mundo da tecnologia blockchain.”
Para negociar criptoativos na plataforma, os clientes precisarão fornecer dados pessoais, incluindo uma identificação facial, validação do documento, endereço, profissão e informações sobre a renda.
Novo cartão pré-pago
Por outro lado, a Magalu e o Mercado Bitcoin também planejam lançar um novo cartão pré-pago, que, posteriormente, terá a opção de crédito. No momento, esse produto está em fase de desenvolvimento.
Dessa forma, a entrada da Magazine Luiza no mercado de criptomoedas é um passo para a popularização das moedas digitais no Brasil. Essa parceria com o Mercado Bitcoin tem o potencial de democratizar o acesso a ativos criptográficos, tornando-os mais acessíveis e compreensíveis para um público amplo. Afinal, essa iniciativa tem o potencial de transformar o mercado de criptomoedas no Brasil.
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