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Deputado Glauber Braga quer depoimento de Renan Bolsonaro sobre Myla Metaverse na CPI das pirâmides de criptomoedas.
O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, Renan Bolsonaro, está prestes a depor na CPI das pirâmides de criptomoedas devido às suas conexões com o projeto Myla Metaverse. Anunciado como um metaverso inovador, o projeto de criptomoedas atraiu a atenção do público, mas rapidamente desmoronou com a queda do valor do token MYLA e preocupações sobre transparência.
Renan Bolsonaro, que ocupava cargos de embaixador e sócio no projeto, incentivou seus seguidores a investir, mas sua saída abrupta causou turbulência entre os investidores. Agora, a CPI busca investigar as circunstâncias em torno do projeto e a possível relação com pirâmides financeiras.
Investigações na CPI buscam esclarecer conexões de Renan Bolsonaro com o projeto Myla Metaverse
O cenário político brasileiro ganhou mais um episódio intrigante com o anúncio de que Renan Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, está sendo convocado a prestar depoimento na CPI das pirâmides de criptomoedas.
A Comissão Parlamentar de Inquérito, que tem como foco investigar crimes relacionados a esquemas de pirâmides financeiras envolvendo criptomoedas, concentra sua atenção nas conexões de Renan com o projeto Myla Metaverse.
O projeto Myla Metaverse, anunciado em outubro de 2022, almejava ser um marco inovador no cenário das criptomoedas e dos metaversos. No entanto, sua trajetória foi efêmera, culminando com o encerramento em dezembro do mesmo ano, concomitante à queda expressiva no valor das principais criptomoedas do mercado.
Renan Bolsonaro ocupava posições de destaque no projeto, atuando como embaixador e sócio. Sua influência e participação despertaram suspeitas quando ele incentivou seus seguidores a investir no token nativo do projeto, o MYLA. A repentina saída de Renan do Myla Metaverse, seguida pela apreensão de equipamentos relacionados a ele, levantou ainda mais questionamentos sobre a natureza do projeto e seu possível envolvimento com esquemas de pirâmides financeiras.
O deputado Glauber Braga, membro do PSOL-RJ e integrante da CPI, expressou sua intenção de convocar Renan Bolsonaro para depor. Braga destacou a importância de esclarecer as ligações entre o projeto e as alegações de pirâmides financeiras. Ele ressaltou a necessidade de seguir o devido processo legal, garantindo que Renan tenha direito a um advogado durante seu depoimento.
A convocação de Renan Bolsonaro e a investigação em torno do projeto Myla Metaverse lançam uma nova luz sobre o mundo das criptomoedas no Brasil, destacando os desafios e possíveis irregularidades que podem surgir nesse cenário em constante evolução.
Nem o craque escapou: CPI das Pirâmides Financeiras quer condução coercitiva de Ronaldinho Gaúcho
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Pirâmides Financeiras decidiu, nesta quinta-feira (24), acionar o Poder Judiciário para solicitar a condução coercitiva do empresário e ex-jogador de futebol Ronaldo de Assis Moreira, o Ronaldinho Gaúcho. O ex-jogador, que já havia deixado de comparecer ao colegiado na terça-feira (22), ignorou a nova convocação para esta quinta e apresentou uma justificativa para se ausentar. A condução coercitiva permite que uma pessoa seja levada à presença de autoridades mesmo contra a sua vontade.
“Não resta alternativa a não ser requerer ao juízo competente, nos termos legais, a condução coercitiva da testemunha, para que possa prestar esclarecimentos a esta comissão”, anunciou o presidente da CPI, deputado Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ).
Roberto Moreira, o Assis, é investigado pela CPI juntamente com o irmão Ronaldinho
Ronaldinho, juntamente com o irmão e empresário, Roberto de Assis Moreira, é investigado pela CPI por suposta relação com a empresa 18K Ronaldinho, alvo do colegiado por suspeita de fraude envolvendo investimentos em criptomoedas. Marcelo Lara, co-fundador da empresa, não foi localizado e, segundo o presidente da CPI, “há informações de que está fora do País”.
Acompanhado do advogado, o irmão do ex-jogador foi o único a prestar depoimento como testemunha nesta quinta-feira. Ainda amparado pelo habeas corpus que assegura aos três depoentes o direito ao silêncio, a fim de não produzirem provas contra si, Assis disse aos deputados que nunca firmou contrato com a empresa 18K Ronaldinho.
“Eu e meu irmão nunca fomos sócios da empresa 18K Ronaldinho. Os sócios dessa empresa são Rafael Horácio Nunes de Oliveira e Marcelo Lara Marcelino. Aliás, meu irmão foi vítima dessa empresa e dos seus sócios, que utilizaram o nome e a imagem dele sem autorização”, declarou.
Questionado por Ribeiro e pelo relator da CPI, deputado Ricardo Silva (PSD-SP), o depoente admitiu que manteve, no entanto, contrato com as empresas 18K Watches, marca de relógios esportivos, 18K Corporation e 18K Marketing Multinível, sendo remunerado por royalties.
Aureo Ribeiro lembrou que a 18K Ronaldinho trabalha com trading e arbitragem de criptomoedas, prometendo rendimentos de até 2% ao dia. E citou ainda ação civil pública movida por órgão de defesa do consumidor que cobra da empresa R$ 300 milhões por danos morais a clientes.
“Segundo o advogado da ação mencionada, as vítimas são pessoas simples e sem familiaridade com o ambiente de investimentos, seduzidas pela marca de um dos maiores jogadores de futebol da história. 80% não são investidores recorrentes. Muitos venderam carro, casa e pegaram dinheiro no banco para investir”, disse Ribeiro.
O relator da CPI questionou Assis Moreira, como responsável pela imagem do ex-jogador, qual providência adotou diante de denúncias envolvendo a 18K Ronaldinho, ao saber que o irmão aparecia em peças publicitárias da 18K Marketing Multinível, dos mesmos sócios-proprietários.
“Qual é a sua compreensão de ver uma foto do seu irmão divulgando uma possível fraude?”, perguntou o relator.
Algumas das peças foram exibidas no telão do colegiado a pedido do deputado Caio Vianna (PSD-RJ). “Gostaria de saber da possibilidade de passar aqui um vídeo em que o Ronaldinho anuncia o início da 18K Ronaldinho antes mesmo de ela iniciar as operações, ou seja, era uma informação muito privilegiada”, disse Vianna.
Segundo Assis Moreira, “ao ver que alguma coisa estava fora do que era o contrato pela venda de relógios e outros produtos”, ele decidiu rescindir o contrato “na mesma hora”.
O presidente do colegiado insistiu. “O senhor afirmou que nunca teve contrato com a 18K Ronaldinho. Existem inúmeras propagandas dessa empresa com a imagem do Ronaldinho. Foram indevidas essas propagandas? Vocês processaram a empresa?”, questionou Ribeiro.
Em resposta, Assis Moreira reafirmou que as imagens foram usadas indevidamente mas negou ter processado a 18K por isso.
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