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A temporada de resultados é sempre um marco na bolsa de valores. Afinal, os anúncios dos destaques operacionais representam o momento das companhias da bolsa de valores e se estas teses de investimento estão valendo (ou não) a pena. Pensando nisso, nós do Guia do Investidor, trazemos para você três empresas que podem decolar e apresentar bons resultados neste primeiro trimestre do ano! Confira agora mais detalhes!
Ambev: voltará a passar o Ibovespa?
A Ambev (ABEV3) divulga seus resultados do primeiro trimestre de 2022 no dia 5 de maio, antes da abertura do mercado.
O Bradesco BBI e a Ágora Investimentos projetam números relativamente animadores, com uma receita líquida de R$ 18,655 bilhões (3% acima do consenso), um Ebitda de R$ 5,833 bilhões (3% acima do consenso) e um lucro líquido de R$ 3,150 bilhões (8% acima do consenso das estimativas).
No geral, os analistas Leandro Fontanesi e Ricardo França esperam resultados positivos.
“Estamos um pouco mais otimistas em relação aos preços consolidados (receita por hectolitro) e volumes de cerveja brasileira (projetamos -1,5% em base anual para a Ambev no 1T22, enquanto achamos que o mercado espera uma queda de “meio dígito” no período)”.
Eles destacam que as ações da cervejeira tiveram um desempenho inferior ao IBOV em 15 p.p. no acumulado do ano, devido aos fracos dados de produção de bebidas alcoólicas no Brasil.
Ainda assim, se a projeção acima do consenso for confirmada, os especialistas avaliam que o impacto será positivo nas ações e também que os números significarão mais ganhos de participação de mercado para a Ambev, já que a sua concorrente Heineken provavelmente elevou os preços durante o trimestre como parte de seu processo em andamento para recuperar margens.
“Em suma, vemos a Ambev negociando em um atraente múltiplo P/L 2022 de cerca de 16,5x (abaixo da média histórica de 23x), apoiando assim a recomendação de Compra”, dizem os analistas.
Locaweb: o pior já passou?
O balanço do primeiro trimestre de 2022 da Locaweb (LWSA3) mostrará que o pior momento para a empresa já passou, disse o BTG Pactual, em relatório desta segunda-feira (18).
Desde o terceiro trimestre do ano passado, a empresa tem preocupado os investidores por conta das margens apertadas.
No entanto, o BTG, em relatório assinado por Carlos Sequeira e Osni Carfi, defende que a métrica chegou ao “fundo do poço” e agora a empresa deve passar por um ponto de inflexão.
“O 4T21 já apresentou margens orgânicas sob controle”, dizem os analistas. “É hora de as margens inorgânicas pararem de encolher, no 1T22”.
A expectativa do BTG é de que as margens cresçam novamente no segundo trimestre, impulsionadas pela alavancagem operacional de fusões e aquisições.
“A visibilidade sobre o ritmo de recuperação das margem é baixa e vamos monitorar isso a cada trimestre, mas reiteramos nossas projeções”, diz, reiterando que vê a margem Ebitda encerrando o ano acima de 20%.
Banco do Brasil: o melhor do setor bancário?
Para o Goldman, o Banco do Brasil (BBAS3) deve apresentar o avanço anual de lucro mais forte entre os bancos brasileiros, apesar da expectativa de resultados estáveis na base trimestral.
Analistas da instituição estimam lucro líquido de R$ 5,83 bilhões para o Banco do Brasil, representando um avanço de 19% em relação ao primeiro trimestre de 2021.
A estimativa para o crescimento de empréstimos é de 14% no comparativo anual, puxada por maiores linhas de spread, como empréstimos pessoais e cartões de crédito.
“Esperamos que a companhia mostre spreads ligeiramente melhores, dada a reprecificação e o limite de despesas em depósitos de poupança”, comentam os analistas.
O Goldman espera que a companhia reporte provisões para perdas com empréstimos na casa dos R$ 3,4 bilhões, implicando despesas anualizadas próximas à mínima do guidance previsto para o ano todo, de R$ 13-16 bilhões.
A expectativa para o ROE do Banco do Brasil é de que atinja 16% no primeiro trimestre.
O Goldman tem recomendação de compra para Banco do Brasil e Bradesco (BBDC4), com preços-alvo de, respectivamente, R$ 48 e R$ 26
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