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Riscos regulatórios, políticos e econômicos estão no topo das preocupações de empresas brasileiras

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Riscos regulatórios (96%) e Condições políticas, econômicas e de mercado (96%) continuam liderando a lista dos fatores de risco mais mencionados pelas companhias abertas brasileiras. Na sequência, estão: riscos aos acionistas (93%), operacionais (92%) e jurídicos (90%). Outros fatores como riscos financeiros e de caixa (89%), concorrência (87%) e associados à execução da estratégia de negócios e/ou plano de investimentos (87%) também tiveram destaque.

A 8ª edição do estudo “Gerenciamento de Riscos”, elaborado pelo ACI Institute e o Board Leadership Center da KPMG no Brasil, traz um panorama do mercado no geral, e por setor da indústria, das tendências e dos desafios enfrentados pelas empresas abertas brasileiras para o gerenciamento de riscos. As empresas brasileiras têm demonstrado uma preocupação crescente com o tema, com 80% delas informando publicamente, em seus formulários de referência (FR), a existência de áreas ou profissionais dedicados exclusivamente ao gerenciamento de riscos, um aumento significativo em relação a anos anteriores.

“Conflitos bélicos, aumento da inflação, polarização social, alta das taxas de juros, ameaças cibernéticas, disputa por talentos, disrupções em cadeias de suprimentos e canais de vendas são alguns dos riscos potenciais, emergentes ou contínuos, aos quais as empresas estão expostas”, afirma Sidney Ito, CEO do ACI Institute e Sócio em Riscos e Governança Corporativa da KPMG no Brasil. “Nesse ambiente de negócios cada vez mais incerto e turbulento, as organizações precisam continuar se adaptando rapidamente às disrupções para terem sucesso. Gerenciar riscos não é só mitigá-los, mas também otimizar recursos e aproveitar as oportunidades emergentes em meio a eventos disruptivos que ocorrem em intervalos cada vez menores”, complementa Ito.

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A preocupação contínua direcionada aos riscos associados a tecnologias também ficou evidente. Nas últimas três edições do estudo, a menção aos fatores de risco da Tecnologia da Informação passou de 50%, em 2020, para 79%, em 2022. Na edição atual, esses riscos passaram a ser classificados como Riscos de cybersecurity, para melhor endereçar as preocupações com o ambiente de cibersegurança e a ocorrência crescente de ciberataques mais sofisticados. Esses riscos foram mencionados por 80% das companhias, o que mostra a relevância atual do assunto para empresas, governos e sociedade.

“Riscos que, antes, eram vistos apenas como potenciais já se concretizaram e vieram para ficar. Entender as operações detalhadamente e desenvolver negócios exige reconhecer a evolução de crises simultâneas e riscos interconectados que não podem ser considerados isoladamente. Compreender esse cenário desafiador é determinante para melhorar a resiliência organizacional, otimizar oportunidades e alavancar negócios. Dessa forma, gerenciar riscos é uma prática cada vez mais essencial e indispensável para garantir a sobrevivência e o crescimento sustentável das empresas”, afirma Fernanda Allegretti, Sócia-diretora líder do Board Leadership Center Brasil e de Markets da KPMG no Brasil.

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Sobre aspectos ESG, o estudo mostra que essas preocupações possivelmente já estão estabelecidas pelo mercado: Riscos socioambientais praticamente mantiveram o percentual de divulgação da última edição. Paralelamente, questões de talentos se fazem cada vez mais presentes: Riscos associados ao capital humano passaram de 64% em 2022, para 73% na edição atual.

Outros riscos como aqueles relacionados a Covid-19, pandemias e saúde pública e Riscos associados às subsidiárias, controladas ou investidas também cresceram, de 72% para 79%, e de 57% para 64%, respectivamente, ressaltando uma preocupação prolongada das empresas com esses assuntos. Houve ainda crescimento da porcentagem de empresas que mencionam Riscos associados à dependência com relação a fornecedores (64%), impactadas pelas disrupções nas cadeias de suprimentos, canais de vendas e redes de negócios. Riscos associados à marca e à reputação também são cada vez mais mencionadas. Na 5ª edição do estudo, esse fator apareceu pela primeira vez entre os 25 mais citados, divulgados por menos da metade das companhias; na edição atual, foi mencionado por mais de 60%.

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A 8ª edição do estudo “Gerenciamento de Riscos”, do ACI Institute e do Board Leadership Center, analisou dados dos formulários de referência de 293 empresas abertas brasileiras, divulgados até 31 de maio de 2022, dos seguintes setores da indústria: consumo cíclico, financeiro, utilidade pública, bens industriais, consumo não cíclico, materiais básicos, saúde, tecnologia da informação, petróleo, gás, biocombustíveis e comunicações.

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