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A seca no Amazonas está gerando preocupações em relação à produção e oferta de eletrodomésticos durante a Black Friday e a temporada de Natal.
A seca no Amazonas está afetando as operações das indústrias localizadas na Zona Franca de Manaus, onde a maior parte dos produtos é transportada por rios. Com a baixa no nível das águas, o transporte por navios foi suspenso, afetando diretamente a distribuição de produtos, em especial os eletrodomésticos.
Índice de conteúdo
Impacto em produtos essenciais do setor eletroeletrônico
Jorge Nascimento, presidente executivo da Associação Nacional de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros), destaca que ar-condicionados e televisões estão entre os produtos mais afetados pela situação. No período do fim do ano, onde a procura por esses itens é significativa, a necessidade de escoamento da produção via transporte fluvial se torna crucial.
Nascimento ressalta que, embora haja produção de outros eletrodomésticos como micro-ondas, lava-louça, computadores, celulares, e tablets, a logística de transporte fluvial é vital especialmente para ar-condicionados e televisões. Produtos como computadores e celulares poderão ter seus envios através de aviões, mas essa opção não é viável para os eletrodomésticos mais volumosos.
Apesar das preocupações, a Black Friday 2023 está se aproximando, oficialmente marcada para o dia 24 de novembro. Contudo, as promoções e ofertas já estão circulando nos varejos e e-commerces, antecipando as oportunidades de compra.
Expectativas e hábitos de consumo
Uma pesquisa realizada pelo Mercado Livre revelou que o interesse dos consumidores em participar da Black Friday é alto, com oito em cada 10 demonstrando intenção de realizar compras. Além disso, cerca de metade dos entrevistados planeja gastar mais neste ano do que na edição anterior.
A situação enfrentada devido à seca no Amazonas tem gerado preocupações quanto à disponibilidade de eletrodomésticos fundamentais para a temporada de descontos. O transporte interrompido afeta diretamente a oferta de produtos, como ar-condicionados e televisões, durante a Black Friday e o período festivo de Natal.
Portanto, a antecipação das promoções revela uma tentativa do mercado de se adaptar à situação e oferecer oportunidades de compra para os consumidores. Assim, resta aguardar e observar como essa conjuntura impactará efetivamente o mercado durante esses períodos de alta demanda e oferta.
Black Friday: Shein e Shopee na frente do varejo brasileiro? Entenda
A Black Friday, um dos eventos mais esperados do ano, está se aproximando rapidamente e traz consigo a promessa de grandes descontos e oportunidades para os consumidores. Para o setor de varejo, esse evento é um momento crítico que ajuda a moldar os resultados do quarto trimestre. A XP Investimentos destaca a importância da Black Friday, principalmente para as empresas de comércio eletrônico, como o Magazine Luiza (MGLU3) e as Casas Bahia (BHIA3).
Historicamente, eletrônicos e eletrodomésticos são os itens mais favorecidos durante a Black Friday, e as empresas que se especializam nesses produtos podem colher os benefícios desse aumento no consumo. No entanto, um desenvolvimento interessante é o aumento da relevância do setor de moda e cosméticos, o que pode ser explicado pela possibilidade de os consumidores estarem mais restritos financeiramente.
Empresas que se beneficiarão
Além das gigantes do comércio eletrônico, empresas como a Lojas Renner (LREN3), o Grupo Soma (SOMA3), a Arezzo (ARZZ3) e a Natura (NTCO3) também devem se beneficiar do evento.
Conforme relatório da Olisti, as projeções indicam que a Black Friday de 2023 pode movimentar mais de R$ 6 bilhões. Além disso, as perspectivas de consumo são promissoras, com grande parte dos consumidores manifestando a intenção de participar das promoções.
Tendências para BF 2023
De acordo com um estudo da MField sobre as tendências de consumo, 76% dos consumidores têm a intenção de fazer compras durante a Black Friday. O desafio principal é o poder de compra, com 42% dos entrevistados admitindo enfrentar dificuldades econômicas, embora ainda planejem aproveitar as ofertas.
Em relação às categorias de produtos mais populares, moda (39%), eletrônicos (38%) e cosméticos (36%) lideram a lista. Quanto aos e-commerces preferidos, a Amazon (73%), Shopee (49%), Shein (45%), Magazine Luiza (42%) e Mercado Livre (41%) estão no topo da preferência dos consumidores.
Pesquisa feita pela Méliuz revela que 95% dos entrevistados têm a intenção de comprar na Black Friday, 32% planejam gastar mais de R$ 1 mil. Eletrônicos (49%) e eletrodomésticos (45%) são as categorias de destaque, seguidas de vestuário (31%), calçados (28%) e cosméticos (22%).
Por fim, uma pesquisa do Google mostra que 67% dos brasileiros pretendem fazer compras na data. No que diz respeito às categorias de produtos, vestuário (46%) lidera a lista, seguido de cosméticos (41%), calçados (38%) e eletrodomésticos/celulares (35%).
Desafios para empresas nacionais
Em 2023, a XP Investimentos avalia que empresas nacionais podem enfrentar desafios em plataformas estrangeiras, especialmente o Shopee e o Shein. Essa preferência por plataformas estrangeiras representa um risco para o desempenho das varejistas brasileiras, principalmente com a implementação e adesão das empresas à Remessa Conforme.
A Black Friday de 2023 promete ser um grande evento para o varejo brasileiro, mas as mudanças nas preferências apresentam alguns desafios para as empresas. Como o evento se desenrolará e seu impacto nas empresas brasileiras será uma história interessante para acompanhar.
A Black Friday vai “salvar” as ações de varejo?
A Black Friday é um evento aguardado com entusiasmo pelos consumidores e também é esperado com otimismo pelo varejo. De acordo com pesquisas citadas pela XP Research, a Black Friday tem o potencial de ser positiva para o varejo brasileiro. Várias pesquisas de intenção de compra indicam que os consumidores estão dispostos a gastar na Black Friday este ano. Aqui estão alguns dados-chave dessas pesquisas:
- Pesquisa Méliuz: Cerca de 95% dos entrevistados afirmaram estar dispostos a fazer compras na Black Friday. Dentre eles, 32% estão dispostos a gastar mais de R$ 1.000,00.
- Pesquisa MField: 76% dos consumidores entrevistados manifestaram intenção de fazer compras no evento, apesar de 42% deles mencionarem passar por dificuldades econômicas.
- Pesquisa do Google: 67% dos brasileiros têm a intenção de fazer compras na Black Friday. Mesmo em um ano desafiador para o varejo, 7 em cada 10 entrevistados pretendem gastar o mesmo valor ou mais do que gastaram em 2022.
Performance positiva da Black Friday 2023
A XP Research acredita que esses dados sinalizam uma performance positiva para o evento, uma vez que os consumidores demonstram uma forte intenção de fazer compras na Black Friday deste ano. Além disso, a Black Friday de 2022 teve um desempenho afetado pela coincidência com a Copa do Mundo, o que torna a base de comparação mais fácil para 2023.
No entanto, o relatório observa que as famílias brasileiras ainda enfrentam alto endividamento, com 77% delas declarando ter dívidas em setembro de 2023, de acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic). Isso é uma ressalva importante a considerar, pois pode afetar o poder de compra dos consumidores durante a Black Friday.
No que diz respeito às ações que podem se beneficiar da Black Friday, a análise da XP Research destaca empresas de e-commerce, como Magazine Luiza (MGLU3) e Casas Bahia (BHIA3), especialmente porque os setores mais procurados durante o evento são eletrônicos e eletrodomésticos.
Empresas de moda, como Grupo Soma (SOMA3), Lojas Renner (LREN3) e Arezzo (ARZZ3), também podem atrair os consumidores, principalmente em um momento de menor poder de compra. Nomes como Natura (NTCO3) também podem se beneficiar da data.
É importante notar que a preferência dos consumidores por plataformas estrangeiras, como Shopee e Shein, também foi observada em pesquisas. Isso pode representar um desafio para as varejistas brasileiras, especialmente à medida que as plataformas estrangeiras aderem à Remessa Conforme, um novo regime tributário para importações. Portanto, as empresas que competem com essas plataformas devem estar atentas a esse fator.
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