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A Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC) entende ser vital para o desenvolvimento econômico brasileiro a redução da taxa Selic na reunião de junho do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central.
Atualmente, o Brasil é o detentor dos maiores juros reais do mundo. Considerando que temos uma Selic de 13,75% e que a inflação acumulada de 12 meses (IPCA de maio) foi de 3,94%, temos um juro real de 9,4% ao ano, estando bem acima do segundo colocado, o México, com 6,6%. Essa situação é um grande inibidor para investimentos e compromete a geração de empregos no país, prejudicando, principalmente, a população de menor renda.
Os financiamentos imobiliários do SBPE – que usam recursos da poupança e foram responsáveis pela movimentação de R$ 180 bilhões em 2022 – são fortemente afetados pela Selic em 13,75%, o que inviabiliza a compra de imóveis a milhares de famílias, comprometendo o desempenho de um setor que gera 10% dos empregos formais no Brasil.
Um exemplo de como os juros altos estão corroendo os financiamentos imobiliários é que uma família com renda até R$ 10 mil, que antes conseguiria comprar um imóvel financiado de R$ 470 mil, agora só pode adquirir um imóvel de até R$ 370 mil. Hoje, os juros altos aumentam as parcelas do financiamento em exorbitantes 23%.
A manutenção da Selic em 13,75% também é responsável pelo aumento da inadimplência das empresas. Hoje, 6,5 milhões delas estão negativadas, segundo o Serasa. Há também uma elevação dos aumentos de empresas em recuperação judicial (40%) e de falências (30%).
Por fim, a ABRAINC destaca que os atuais gastos do governo com juros são suficientes para construir 3 milhões de novas moradias populares e reduzir significativamente o déficit habitacional de 7,8 milhões de lares.
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