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Na passagem de maio para junho, o setor de serviços cresceu 0,7%, registrando a segunda alta seguida e acumulando ganhos de 2,2% desde março, chegando a 7,5% acima do patamar pré-pandemia, em fevereiro de 2020. Com relação ao nível mais alto da série histórica, ficou 3,2% abaixo de novembro de 2014. Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada hoje (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Na comparação com junho do ano passado, o volume do setor de serviços teve alta de 6,3%, a 16ª taxa positiva seguida, com expansão em quatro das cinco atividades. Apenas outros serviços tiveram queda nessa análise, com queda de 4,2%, acumulando perda de 1,6% nos 12 meses encerrados em junho de 2022.
O acumulado em 12 meses no volume de serviços total vem registrando diminuição no ritmo, ao passar de 11,7% em maio para 10,5% em junho de 2022.
De acordo com o analista da pesquisa Luiz Almeida, quatro das cinco atividades que integram o levantamento registraram crescimento em volume. Ele destaca que a alta de 0,6% no setor de transportes foi a principal influência no resultado do mês, em especial o transporte dutoviário, rodoviário de cargas e transporte coletivo de passageiros.
“O setor de transportes encontra-se 16,9% acima do patamar pré-pandemia, ultrapassando esse nível em maio de 2021 e se mantendo acima desde então. Ou seja, já são 14 taxas acima do nível de fevereiro de 2020. O setor foi beneficiado inicialmente pelo aumento do transporte de cargas, muito disso devido ao aumento observado nas vendas online durante a pandemia, gerando impacto na cadeia logística, e, posteriormente, a recuperação do transporte de passageiros ajudou a impulsionar o setor”, explicou.
Retomada
Almeida disse que a retomada de atividades como feiras e convenções, arquitetura e engenharia e vigilância e segurança privada elevaram em 0,7% a área de serviços profissionais, administrativos e complementares.
“O setor obteve a segunda taxa positiva seguida, acumulando um ganho de 1,8% nos dois últimos meses. Este crescimento leva o setor a um patamar 7,1% acima do patamar pré-pandemia, operando acima deste nível desde dezembro de 2021”, disse.
O setor de outros serviços subiu 0,8%, com destaque para as corretoras de títulos e valores mobiliários e administração de fundos por contrato ou comissão. Segundo Almeida, esse setor está 2% acima do de fevereiro de 2020.
“Ele [outros serviços] tem uma trajetória um pouco diferente dos outros setores pois não sofreu tanto ao longo da pandemia, principalmente por conta dos serviços financeiros auxiliares, muito devido ao influxo de novos investidores. Em agosto de 2020 já estava acima do nível pré-pandemia e depois voltou a cair, apresentando um comportamento um pouco errático e diferente dos outros grupos”, explicou.
De acordo com a pesquisa, os serviços prestados às famílias subiram 0,6%, com destaque para os serviços de artes cênicas e espetáculos e de gestão de instalações esportivas. Apesar da alta, é o único setor que ainda está abaixo do patamar pré-pandemia, mas demonstra uma trajetória de crescimento e acumula 34,7% de alta nos últimos 12 meses encerrados em junho.
O único setor com baixa em junho foi o de informação e comunicação, que caiu 0,2%, puxado por portais, provedores de conteúdo e outros serviços de informação na internet. Mas o setor vem apresentando alta e acumula 6,7% em 12 meses.
As atividades turísticas caíram 1,8% em junho, na comparação com maio, após três altas consecutivas com acúmulo de 10,7%. O segmento ainda se encontra 2,8% abaixo do patamar de fevereiro de 2020.
Regiões
Entre as 27 unidades da federação, dez tiveram aumento no volume de serviços de maio para junho. Os principais impactos foram do Rio de Janeiro (2,4%), Paraná (2,5%), Rio Grande do Sul (2,1%) e São Paulo (0,2%). As principais quedas foram de Minas Gerais (3%), Amazonas (5,1%), Ceará (3,8%) e Pernambuco (2,4%).
Na comparação anual, 24 unidades da federação tiveram avanços. São Paulo subiu 7,9%, Rio Grande do Sul teve aumento de 15,3%, Minas Gerais cresceu 7,9% e Paraná registrou alta de 5,3%. As principais quedas ocorreram no Distrito Federal (6,9%), Rondônia (6,2%) e Acre (11,7%).
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