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Sob Lula, Petrobras tem primeiro prejuízo em quatro anos

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  • A Petrobras anunciou um prejuízo líquido de R$ 2,6 bilhões no segundo trimestre de 2024
  • Dessa forma, marcando seu primeiro resultado negativo desde o terceiro trimestre de 2020
  • Isto, principalmente devido a impactos tributários e cambiais

A Petrobras anunciou um prejuízo líquido de R$ 2,6 bilhões no segundo trimestre de 2024. Dessa forma, marcando seu primeiro resultado negativo desde o terceiro trimestre de 2020. Isto, principalmente devido a impactos tributários e cambiais.

No mesmo período do ano passado, a empresa havia reportado um lucro líquido de R$ 28,8 bilhões. Enquanto no primeiro trimestre deste ano, o resultado líquido foi de R$ 23,7 bilhões. A companhia, no entanto, explicou que os principais fatores que afetaram o resultado foram contábeis, relacionados a um acordo para resolver uma disputa tributária com o governo, além das variações cambiais durante o período.

“O resultado líquido do trimestre deve ser analisado à luz de eventos que impactaram o resultado contábil, mas sem impacto relevante no caixa da empresa”, afirmou no relatório o diretor financeiro e de RI, Fernando Melgarejo.

A Petrobras relatou uma “forte” geração de caixa no segundo trimestre de 2024. Ainda, com um Fluxo de Caixa Operacional (FCO) de R$ 47,2 bilhões. Superando o desempenho do primeiro trimestre do ano.

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Em junho, a empresa havia comunicado um impacto de R$ 11,9 bilhões em seu resultado líquido do segundo trimestre, decorrente da adesão a um acordo que resolveu uma disputa tributária relacionada à Cide, PIS e Cofins entre 2008 e 2013.

Além disso, a companhia destacou que a variação cambial teve impactos, mas sem refletir no caixa. Assim, o lucro recorrente alcançou R$ 15,7 bilhões, embora tenha ficado abaixo das expectativas dos analistas, que projetavam R$ 22,3 bilhões, conforme dados do London Stock Exchange Group (LSEG).

Ebitda e comparativos

O Ebitda ajustado da Petrobras alcançou R$ 49,7 bilhões no segundo trimestre. Dessa forma, apresentando uma queda de 12,3% em relação ao mesmo período de 2023.

Comparando com o primeiro trimestre deste ano, o Ebitda ajustado recuou 17%. Assim, impactado por margens menores em diesel e gasolina, um aumento nas importações e itens não recorrentes. Destacam-se, entre esses itens, os efeitos do acordo de trabalho de 2023 e a adesão à transação tributária.

Apesar desses desafios, a empresa conseguiu compensar parcialmente os efeitos negativos por meio do crescimento das receitas com exportações, impulsionadas pela valorização do petróleo Brent. No segundo trimestre, o custo dos produtos vendidos aumentou 7% em relação aos primeiros três meses do ano. Dessa forma, refletindo os custos elevados com petróleo e derivados importados. Esse aumento se deveu à valorização dos preços no momento da formação dos estoques, bem como à maior participação do petróleo importado nas cargas processadas nas refinarias e dos derivados importados no mix de vendas.

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A receita de vendas da petroleira atingiu R$ 122,3 bilhões no segundo trimestre, apresentando um crescimento de 7,4% em comparação ao ano anterior e um avanço de 3,9% em relação ao trimestre anterior.

Além disso, a companhia anunciou que sua produção de petróleo no Brasil cresceu 2,6% entre abril e junho em relação ao mesmo período do ano passado, impulsionada pelo aumento operacional de plataformas que entraram em operação ao longo de 2023. Esse desempenho positivo reflete os esforços da empresa para aumentar sua eficiência e atender à demanda crescente por petróleo no mercado.

Produção

No segundo trimestre, a Petrobras produziu uma média de 2,16 milhões de barris de petróleo por dia (bpd) no Brasil, em comparação com 2,1 milhões de bpd no mesmo período de 2023. Isto, segundo o relatório de produção e vendas da empresa.

A dívida bruta da companhia ao final do segundo trimestre foi de US$ 59,6 bilhões. Assim, um aumento de 2,9% em relação ao ano anterior, permanecendo dentro do intervalo de referência de US$ 50 bilhões a US$ 65 bilhões.

Apesar do prejuízo líquido, a Petrobras anunciou o pagamento de R$ 13,57 bilhões em dividendos intercalares e juros sobre capital próprio (JCP). Isto, equivalente a R$ 1,05320017 por ação. Para isso, a empresa usará R$ 6,4 bilhões da reserva de remuneração do capital. Que agora tem um saldo remanescente de R$ 15,5 bilhões. Embora a reserva tenha sido criticada na época de sua criação por supostamente afetar os dividendos, ela possibilitou a remuneração dos acionistas em um trimestre com resultado negativo.

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Política de remuneração

A Petrobras destacou que, ao analisar o semestre, a aplicação da política de remuneração ao acionista resultou em um total de R$ 27 bilhões em proventos, superando o resultado acumulado disponível no período, que foi de R$ 20,6 bilhões. Isso levou a companhia a utilizar a reserva para cumprir essa obrigação.

Apesar do prejuízo trimestral e da redução em sua reserva estatutária, a Petrobras também revisou suas projeções de investimentos para 2024. A nova estimativa de investimentos agora varia entre US$ 13,5 bilhões e US$ 14,5 bilhões, em comparação com a projeção anterior de US$ 18,5 bilhões. A companhia ajustou seu capex, especialmente no setor de exploração e produção, mas afirmou que não espera que essa diminuição impacte sua curva de produção de petróleo.


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