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Argentina registrou um superávit comercial de US$ 1,575 bilhão em julho.
Na terça-feira (20), fontes oficiais informaram que a Argentina registrou um superávit comercial de US$ 1,575 bilhão em julho, em contraste com o saldo negativo de US$ 700 milhões no mesmo mês do ano passado.
Segundo informações, com esse resultado, a Argentina passou a ter superávit comercial por oito meses consecutivos e o saldo positivo de julho representa, no entanto, uma queda de 16,6% em relação ao superávit alcançado em junho, revés explicado por uma diminuição sazonal na oferta exportável de produtos primários e manufaturados de origem agrícola e um aumento nas importações de energia no inverno austral.
Em julho, a Argentina exportou US$ 7,221 bilhões, 19,2% a mais do que no mesmo mês de 2023.
As importações, no valor de US$ 5,646 bilhões, caíram 16,5% em relação ao ano anterior.
Efeito Milei: Inflação na Argentina cai a menor nível desde 2022
O Instituto Nacional de Estatística e Censos da Argentina (Indec) informou nesta quinta-feira (13), que a inflação mensal em maio atingiu 4,2%. A menor taxa registrada desde fevereiro de 2022. Esse dado representa um marco importante na trajetória econômica do país, sinalizando uma desaceleração na alta dos preços após um período prolongado de inflação elevada.
A divulgação deste índice ocorre em um momento de significativas mudanças políticas e econômicas na Argentina. Recentemente, o Senado aprovou, com algumas modificações, a Lei de Bases proposta pelo presidente Javier Milei. Este projeto ambicioso visa reduzir o tamanho do Estado e promover a desregulamentação da economia, medidas que Milei acredita serem essenciais para estimular o crescimento econômico e controlar a inflação.
Entre as principais mudanças promovidas pela Lei de Bases estão a privatização de empresas estatais, a flexibilização do mercado de trabalho e a redução de impostos. Essas reformas têm como objetivo atrair investimentos estrangeiros, aumentar a competitividade e criar um ambiente econômico mais dinâmico.
Dados comparativos
Em abril, a inflação na Argentina foi de 8,8% em comparação a março, marcando, dessa forma, a primeira vez desde que Javier Mileiassumiu a presidência, em 10 de dezembro, que o índice ficou em um dígito em termos.
Os dados de maio indicaram, no entanto, uma continuidade dessa tendência de queda, com a inflação mensal registrando 4,2%. Esse valor representa a quinta desaceleração consecutiva, refletindo uma possível estabilização econômica. Apesar dessa melhora, a inflação acumulada nos últimos 12 meses ainda é alarmante. Atingindo, assim, 276,4%, enquanto no acumulado do ano, o índice chegou a 71,9%.
No patamar mensal, os setores que mais contribuíram para a inflação em maio foram comunicações, com um aumento de 8,2% devido aos reajustes nos serviços de telefonia e internet, e educação, que subiu 7,6% em razão dos aumentos nas mensalidades escolares.
Essa queda na inflação mensal representa, entretanto, uma mudança significativa em relação aos meses anteriores. Em março, a inflação foi de 11%, enquanto em fevereiro chegou a 13,2%. Em janeiro, o índice atingiu 20,6%, e em dezembro de 2023, logo após a posse de Javier Milei, a inflação mensal disparou para 25,5%. Esse pico foi em grande parte causado por uma forte desvalorização cambial promovida por Milei, que buscava ajustar a economia do país.
Apesar do aumento inicial nos preços, Milei afirmou que a inflação começaria a desacelerar nos meses seguintes, e os dados recentes parecem confirmar essa previsão. A sequência de cinco meses consecutivos de desaceleração sugere que as políticas econômicas do governo estão começando a surtir efeito, apesar dos desafios contínuos.
O governo Milei continua a implementar reformas com o objetivo de reduzir o tamanho do Estado e desregulamentar a economia, na esperança de criar um ambiente mais favorável ao crescimento econômico e à atração de investimentos. A reação dos setores afetados e da população em geral será crucial, contudo, para determinar a sustentabilidade dessas políticas e o futuro da economia argentina.
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