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A S&P elevou o rating de emissão em escala nacional e o rating das emissões de debêntures unsecured pela companhia para brAA.
Na semana passada, a agência de classificação de risco Standard & Poor’s (S&P) atualizou os ratings da 3R Petroleum Óleo e Gás (RRRP3) com atribuição de perspectiva positiva.
Segundo informações, a S&P elevou o rating de emissão em escala nacional e o rating das emissões de debêntures unsecured pela companhia para brAA-.
A S&P também reafirmou a classificação referente a emissão de notes pela 3R Lux em BB-. De acordo com a agência de classificação, a perspectiva positiva reflete a visão de que a 3R continuará a aumentar os níveis de produção como resultado do plano de redesenvolvimento do Complexo Potiguar, da perfuração de novos poços no Campo de Papa Terra e da transição de Atlanta para o sistema definitivo de produção até o final de 2024.
Desta forma, a S&P espera o fortalecimento do fluxo de caixa e controle da alavancagem, mesmo considerando despesas de capital ainda elevadas.
Fitch também elevou ratings da 3R
Em divulgações informadas, a agência de classificação de risco Fitch Ratings elevou seus ratings de longo prazo da 3R Petroleum e atribuiu perspectiva ‘estável’.
- Rating de inadimplência do emissor de longo prazo em moeda estrangeira: BB-
- Rating de inadimplência do emissor de longo prazo em moeda local: BB-
- Rating Nacional de Longo Prazo: AA-
De acordo com informações, a Fitch elevou o rating da emissão de US$ 500 milhões em notes pela 3R Lux para BB-. Para a Fitch, a elevação segue a conclusão das incorporações da Enauta Participações e da Maha Energy Brasil pela 3R.
A Fitch acredita que a fusão trará sinergias tangíveis nas operações offshore e reforçará a posição da 3R para desenvolver oportunidades de crescimento. Os ratings devem continuar a se beneficiar do baixo risco de exploração e da flexibilidade de aplicação do capex pela companhia, que refletem sua confortável vida útil de reserva.
3R reverte lucro e registra prejuízo de R$ 363,1 mi no 2T24
A 3R (RRRP3) divulgou seu desempenho financeiro para o segundo trimestre de 2024 (2T24). Dessa forma, revelando um prejuízo líquido de R$ 363,1 milhões. Isto, em contraste com o lucro líquido de R$ 79,4 milhões registrado no mesmo período de 2023. As despesas financeiras elevadas enfrentadas pela empresa durante o trimestre influenciaram amplamente este resultado negativo.
Apesar do prejuízo, a companhia, no entanto, mostrou um desempenho robusto em termos operacionais. O Ebitda ajustado alcançou R$ 850 milhões no 2T24. No entanto, um expressivo crescimento de 4,3 vezes em comparação com o mesmo período do ano anterior. A margem Ebitda ajustada também apresentou um avanço significativo, atingindo 33% entre janeiro e março de 2024. O que representa um aumento de 9,2 pontos percentuais em relação ao segundo trimestre de 2023.
A receita líquida da 3R totalizou R$ 2,575 bilhões no segundo trimestre de 2024, refletindo um crescimento de 3,1 vezes em relação ao mesmo intervalo de 2023. Esse aumento expressivo na receita é um indicativo do sucesso da empresa em expandir suas operações e aumentar suas vendas.
Custo de extração
Além disso, a empresa reduziu o custo de extração (lifting cost) para US$ 22,6 por barril, uma diminuição de 3,8% em relação ao ano anterior. Essa redução é atribuída às campanhas de revitalização das instalações operacionais e ao aumento da participação do Polo Papa Terra na matriz de resultados da empresa, o que contribuiu para a melhoria da eficiência operacional.
Apesar do resultado negativo no lucro líquido, esses indicadores operacionais sugerem que a 3R está conseguindo avançar em suas estratégias de crescimento e eficiência, preparando-se, assim, para melhorar sua performance financeira no futuro.
“A performance do trimestre é explicada pela redução de despesas com tecnologia da informação (TI) e remuneração baseada em ações”, explicou a empresa. As despesas gerais e administrativas (G&A) somaram R$ 133,8 milhões no 2T24, +10,8% em relação ao 2T23.
A 3R registrou um resultado financeiro líquido negativo de R$ 1,125 bilhão no 2T24. Assim, em contraste com o lucro de R$ 25,3 milhões no 2T23 e o prejuízo de R$ 765,4 milhões no trimestre anterior.
Esse resultado negativo é atribuído principalmente à marcação a mercado de instrumentos financeiros dolarizados, que gerou um impacto de R$ 854,6 milhões devido à valorização do dólar. E aos juros incorridos em contratos financeiros, totalizando R$ 238,9 milhões. Em 30 de junho de 2024, a dívida líquida da empresa era de R$ 6,453 bilhões.
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