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Nesta quarta-feira, 9, a Câmara de Comércio Exterior (Camex) zerou o imposto para exportação de revólveres e pistolas a partir de 2021. Até o momento a alíquota do imposto era de 20%.
Dessa forma, o mercado logo de preocupou com o business da Taurus (TASA4), fazendo uma leitura negativa sobre o impacto da decisão do Camex. Assim sendo, as ações preferenciais e ordinárias da companhia caíram, respectivamente, 9,70% e 9,29%.
No pregão anterior a notícia, os papéis da Taurus já acumulavam alta de 200% nesse ano.
De acordo com o CEO da companhia, Salesio Nuhs, a mesma não seria tão fortemente impactada. Isto porque a fatia do mercado brasileiro nos seus negócios é pequena (<15%), com produtos importados tendo maior margem. E, além disso, a companhia possui fábricas nos Estados Unidos e Índia, permitindo exportação para o Brasil – com zero imposto.
Salesio Nuhs afirmou, entretanto, que a decisão prejudica o Brasil quanto a geração de emprego, de riqueza e arrecadação de impostos, além de prejudicar os brasileiros, que terão que importar uma Taurus dos Estados Unidos.
Portanto, a Taurus terá que exportar dos Estados Unidos – ou Índia – para ter o mesmo benefício da concorrência. Para o CEO, a resolução “é um equívoco sem tamanho”.
Sobre o terceiro trimestre da Taurus
Em entrevista ao Investing.com, o CEO da Taurus também comentou sobre o terceiro trimestre da companhia. De acordo com ele, “tivemos uma produção e um volume de vender recordes”.
“Crescemos 28% nas vendas em relação ao igual período de 2019. A receita operacional líquida da companhia foi 21% superior, também recorde, e 66% maior do que a registrada nos 9 meses do ano anterior. O resultado bruto também foi recorde, com margem bruta de 46%. Tivemos EBITDA recorde de 31%”
Por fim, Salesio Nuhs falou sobre a redução na alavancagem financeira da companhia. A Taurus saiu de uma dívida de 11,2x EBITDA em 2018 para 3,1x EBITDA no terceiro trimestre de 2020.
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