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O Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado como prévia da inflação oficial, trouxe neste mês boas notícias sobre a inflação brasileira e aumentou as expectativas do mercado financeiro em um corte mais robusto da taxa Selic, na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), marcada para a próxima semana, nos dias 1º e 2 de agosto. O indicador registrou queda de 0,07%, enquanto o mercado previa alta de 0,3%.
Com a redução do IPCA-15, os analistas passaram a considerar como provável uma redução de 0,5 ponto percentual, em vez de 0,25 ponto, dos juros básicos, que estão em 13,75% desde agosto de 2022. Segundo Fernando Lamounier, especialista em educação financeira e diretor de novos negócios da Multimarcas Consórcios, “existe uma forte pressão do governo para que seja feita a redução, assim como de grande parte do empresariado, que gostaria de ver uma tendência de queda para incentivar investimentos e aumentar o movimento econômico do país”.
A agência de classificação de risco Fitch, agência internacional de classificação de crédito com sede em Nova York e Londres, elevou a nota de crédito do Brasil de BB- para BB, pela perspectiva de estabilização econômica, aumentando ainda mais a pressão para o BC reduzir a taxa de juros.
“O Banco Central adota uma linha mais conservadora de manter a taxa de juros para conter a inflação, que já vem vindo abaixo do esperado. Isso é um reflexo dessa manutenção em um patamar mais elevado. Todo esse contexto político acaba dificultando um debate mais técnico e econômico, mas existe uma necessidade de redução, pensando principalmente nos pequenos empreendedores que necessitam de crédito para crescer o seu negócio”, aponta o especialista.
O Boletim Focus manteve a expectativa para a taxa Selic no fim deste ano estável em 12,00%. Para o término de 2024 também se manteve, em 9,50%. Na ata do Copom de junho, o BC expôs que a maioria já vê condições para uma queda de juros na próxima reunião.
“Sem perder o controle da inflação, que seria uma catástrofe, principalmente em um país que já viveu inflações altíssimas, na próxima reunião deverá ocorrer sim um corte de 0,5%, dando indícios que a redução continue acontecendo nos próximos meses”, finaliza Lamounier.
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