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Transição energética cara: Petrobras (PETR4) vai investir R$ 270 bilhões para construir eólicas em alto mar

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A Petrobras anunciou sua transição para fontes de energia renováveis, iniciando com a energia eólica offshore, que é uma das fontes mais caras. A empresa assinou uma carta de intenções com a Equinor para avaliar a viabilidade de sete projetos de eólicas offshore na costa brasileira, com capacidade instalada de 14,5 GW, que exigiria um capex de US$ 52,2 bilhões.

Assim, a Petrobras estará se comprometendo com um capex de US$ 26,1 bilhões, assumindo um cenário otimista em que a JV seja meio a meio.

O projeto é ambicioso, com o Brasil tendo atualmente 23 GW de capacidade de geração de eólicas onshore e outros 23 GW de parques de geração solar.

O investimento nas eólicas offshore será um teste importante para a governança da Petrobras após os escândalos da Lava Jato e deve ser monitorado de perto pela sociedade e pelo mercado financeiro.

A Petrobras afirmou que a transição energética é parte de sua estratégia de diversificar a receita para fontes renováveis, incluindo eólicas offshore, hidrogênio verde, captura de carbono e biorefino.

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A geração eólica offshore tem algumas vantagens, como a estabilidade dos ventos em alto-mar, mas o capex é consideravelmente mais alto do que o das eólicas onshore, o que foi questionado por executivos do setor.

Investir em ações petrolíferas: uma aposta arriscada?

Ainda vale a pena apostar no setor petrolífero? A corretora Toro Investimentos divulgou um relatório sobre o setor nesta semana, destacando a queda nas ações das empresas petrolíferas listadas na B3 e analisando a situação do mercado internacional e nacional de petróleo, para tentar responder esse questionamento geral do mercado.

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O que vem causando as quedas?

A guerra na Ucrânia afetou o mercado de petróleo em 2022, elevando o preço do barril de petróleo Brent para US$100 e US$120, o que refletiu no aumento dos preços dos combustíveis no Brasil. O governo, na época, desonerou o PIS e a Cofins sobre os combustíveis para controlar a inflação que apresentava alta de 11,73%. No início de 2023, o governo recém-empossado assinou a MP 1.157, que previa a reoneração da gasolina e do etanol em 1º de março, e dos outros combustíveis, como diesel e o GNV, apenas em 1º de janeiro de 2024.

No entanto, a ala política do governo defendeu a manutenção da desoneração por mais tempo, enquanto a ala econômica reconheceu a impossibilidade de continuar renunciando à receita por mais tempo, ainda mais em um ambiente em que o mercado aguarda a proposta do novo arcabouço fiscal. Assim, foi encontrada uma solução intermediária: a reoneração parcial que elevou o preço da gasolina em R$0,47 e do álcool em R$0,02 por litro até junho. A Petrobras anunciou a redução de R$0,13 sobre o preço da gasolina vendida às distribuidoras, fazendo com que o aumento final fosse de, aproximadamente, R$0,25.

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Porém, a reoneração parcial ainda representaria uma redução da arrecadação da ordem de R$6,6 bilhões em relação às alíquotas originais de PIS e Cofins. O governo anunciou o aumento de 9,2% do imposto de exportação de petróleo cru pelos próximos quatro meses, o que afetou todas as empresas do setor, especialmente as “juniors oil” como PRIO (PRIO3), 3R Petroleum (RRRP3) e PetroReconcavo (RECV3), que não possuem a robustez e a estrutura operacional e financeira da Petrobras. A PRIO dedica a totalidade da produção ao mercado externo e, em termos de resultados, deve ser uma das mais impactadas, ao menos inicialmente.

Em um cenário em que o governo trabalha para aprimorar as questões fiscais, surge a desconfiança se essa elevação durará somente quatro meses.

Em caso de permanência do aumento do imposto de exportação, poderemos observar uma maior competitividade interna, sendo o contexto agravado por se tratar de um mercado que já conta com um grande player, a Petrobras. Logo, a 3R e a Recôncavo também podem sentir os efeitos.

Analistas da Toro Investimentos

Por fim, a Petrobras anunciou o seu programa de desinvestimentos, o que, segundo os analistas da Toro Investimentos, indica uma postura mais agressiva no mercado, buscando a redução de custos e a melhora na eficiência operacional. Isso pode resultar em uma maior competição no setor petrolífero.

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