Violência urbana

Nordeste fora de controle: cidades da região lideram ranking de homicídios

Levantamento revela avanço do crime no Nordeste, com explosão de homicídios em cidades da Bahia, Ceará e Pernambuco

Violência
  • 16 das 20 cidades mais violentas do Brasil estão no Nordeste, segundo Anuário de Segurança 2025.
  • Maranguape (CE) lidera o ranking com 79,9 mortes por 100 mil habitantes.
  • Sudeste está praticamente fora do mapa da violência

O mais recente Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2025 trouxe um dado que está causando alarme entre especialistas e cidadãos: das 20 cidades mais violentas do Brasil, 16 estão no Nordeste. A situação é tão grave que todas as dez primeiras colocadas no ranking pertencem à região, evidenciando uma crise de segurança pública de proporções alarmantes.

Mesmo com queda nacional de 5,4% nos homicídios em 2024, segundo o estudo, a violência continua avançando sem freio em diversos municípios nordestinos. A taxa média nacional ficou em 20,8 mortes violentas intencionais por 100 mil habitantes, mas algumas cidades ultrapassaram os 70 homicídios por 100 mil – quase quatro vezes esse índice.

Ranking das 10 cidades mais violentas do Brasil

Em destaque, as cidades com maior taxa de mortes violentas por 100 mil habitantes:

  1. Maranguape (CE) – 79,9
  2. Jequié (BA) – 77,6
  3. Juazeiro (BA) – 76,2
  4. Camaçari (BA) – 74,8
  5. Cabo de Santo Agostinho (PE) – 73,3
  6. São Lourenço da Mata (PE) – 73,0
  7. Simões Filho (BA) – 71,4
  8. Caucaia (CE) – 68,7
  9. Maracanaú (CE) – 68,5
  10. Feira de Santana (BA) – 65,2

O predomínio absoluto do Nordeste nesse ranking assusta e levanta debates urgentes sobre políticas públicas, combate ao crime organizado e presença efetiva do Estado.

Sudeste praticamente fora do mapa – com uma exceção

Apenas uma cidade do Sudeste aparece na lista das 20 mais violentas: Teófilo Otoni, em Minas Gerais, com 58,2 homicídios por 100 mil habitantes. O dado, revelado pelo portal Estado de Minas, aponta a cidade como a mais perigosa da região, isolada em um ranking dominado pelo Norte e Nordeste.

Para especialistas, esse dado reforça a desigualdade regional na distribuição da violência no Brasil. Enquanto o Sudeste tem reduzido gradualmente seus índices, o Nordeste parece caminhar na direção oposta, com escalada de mortes e enfraquecimento da segurança pública.

Por que o Nordeste domina o ranking?

Segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, os motivos para a concentração da violência no Nordeste são múltiplos:

  • Expansão de facções criminosas, especialmente em cidades de médio porte.
  • Ausência de políticas públicas efetivas e defasagem das forças de segurança locais.
  • Desigualdade social e desemprego estrutural, agravando a vulnerabilidade das populações.

Além disso, há um fator silencioso: a baixa taxa de elucidação dos homicídios. Em muitas dessas cidades, mais de 80% dos assassinatos não são solucionados, o que alimenta a sensação de impunidade e incentiva novos crimes.

A segurança virou privilégio?

O levantamento acende um alerta vermelho sobre o futuro da segurança no país. Se antes a violência estava associada a grandes centros urbanos, hoje ela avança sobre cidades menores e periféricas. O Estado parece ausente, e os cidadãos seguem reféns do medo.

Enquanto isso, o Sudeste, com São Paulo à frente, registra quedas consistentes em seus indicadores. A pergunta que ecoa entre especialistas é: estamos formando duas realidades distintas no país? Uma parte segura e outra entregue ao caos

Fernando Américo
Fernando Américo

Sou amante de tecnologias e entusiasta de criptomoedas. Trabalhei com mineração de Bitcoin e algumas outras altcoins no Paraguai. Atualmente atuo como Desenvolvedor Web CMS com Wordpress e busco me especializar como fullstack com Nodejs e ReactJS, além de seguir estudando e investindo em ativos digitais.

Sou amante de tecnologias e entusiasta de criptomoedas. Trabalhei com mineração de Bitcoin e algumas outras altcoins no Paraguai. Atualmente atuo como Desenvolvedor Web CMS com Wordpress e busco me especializar como fullstack com Nodejs e ReactJS, além de seguir estudando e investindo em ativos digitais.