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Renault, Airbus, Commerzbank e Stellantis divulgam resultados financeiros de 2023, com destaque para lucro da Stellantis e prejuízo da Airbus.
No ano de 2023, as principais montadoras e instituições financeiras europeias apresentaram resultados divergentes em seus relatórios financeiros. Enquanto a Renault celebrou um lucro líquido de 2,2 bilhões de euros, revertendo perdas anteriores, a Airbus enfrentou um lucro líquido de 1,46 bilhão de euros no último trimestre, abaixo das expectativas dos analistas.
Influenciadas pelos resultados, as bolsas europeias estão em movimento misto. O Reino Unido enfrenta recessão, aumentando a pressão sobre o Banco da Inglaterra. A presidente do BCE, Christine Lagarde, aborda a desinflação contínua na zona do euro. Além disso, a UE revisa para baixo as projeções de crescimento do PIB e inflação para 2024. As bolsas refletem essa diversidade de notícias, com Londres, Paris e Frankfurt registrando movimentos diferentes.
Resultados financeiros divergentes marcam desempenho de grandes empresas europeias em 2023
O ano de 2023 foi marcado por resultados financeiros variados entre as grandes empresas europeias. A Renault anunciou um lucro líquido de 2,2 bilhões de euros, uma reviravolta significativa em relação ao ano anterior, quando enfrentou prejuízos. Enquanto isso, a Airbus registrou um lucro líquido de 1,46 bilhão de euros no último trimestre, uma queda de 13% em relação ao mesmo período do ano anterior, ficando aquém das expectativas dos analistas, que previam um lucro de 1,59 bilhão de euros.
O Commerzbank, banco alemão, também enfrentou desafios, com seu lucro líquido no quarto trimestre caindo para 395 milhões de euros, em comparação com os 472 milhões de euros do ano anterior. No entanto, a receita do Commerzbank aumentou ligeiramente, de 2,36 bilhões de euros para 2,4 bilhões de euros.
Em contrapartida, a Stellantis, empresa resultante da fusão entre a Fiat Chrysler e a PSA, alcançou um lucro após impostos recorde de 18,6 bilhões de euros em 2023, superando os 16,78 bilhões de euros do ano anterior. Esses resultados destacam as complexidades enfrentadas pelas grandes corporações europeias em um ambiente econômico global em constante mudança.
Indicadores econômicos influenciam bolsas europeias em dia de oscilações e revisões
Nesta quinta-feira, as bolsas europeias estão em um cenário de oscilação, impulsionadas por uma série de fatores que vão desde os resultados trimestrais de empresas até os dados econômicos da União Europeia. No âmbito macroeconômico, a notícia da recessão no Reino Unido levanta preocupações, especialmente com a possibilidade de o Banco da Inglaterra iniciar um ciclo de redução de juros mais cedo do que o previsto.
Além disso, as declarações da presidente do BCE, Christine Lagarde, sobre a persistente desinflação na zona do euro, adicionam um elemento de cautela. A revisão para baixo das projeções de crescimento do PIB e inflação pela União Europeia para 2024 também contribui para a atmosfera de incerteza nos mercados.
Esses diversos elementos estão refletidos nos movimentos das bolsas, com Londres, Paris e Frankfurt apresentando variações distintas. Enquanto alguns índices sobem, outros caem, demonstrando a sensibilidade dos investidores a uma série de eventos tanto internos quanto externos. Esse quadro de oscilações mostra a complexidade e a interconexão dos mercados financeiros europeus diante de um ambiente econômico global em constante evolução.
Às 7h45 (de Brasília), a Bolsa de Londres tinha baixa de 0,04%, a de Paris avançava 0,70% e a de Frankfurt subia 0,68%. Já a de Milão ganhava 0,88%, enquanto as de Madri e Lisboa caíam 0,04% e 0,02%, respectivamente.
PIB britânico registra queda no último trimestre de 2023, confirmando entrada em recessão técnica
Os dados preliminares divulgados pelo Escritório Nacional de Estatísticas (ONS) mostram que o Produto Interno Bruto (PIB) do Reino Unido sofreu uma contração de 0,3% no quarto trimestre de 2023 em relação ao trimestre anterior. Essa queda, um pouco mais acentuada do que o esperado pelo consenso de analistas, confirma que a economia britânica entrou em recessão técnica, visto que o PIB já havia diminuído 0,1% no trimestre anterior.
Na comparação com o mesmo período de 2022, o PIB britânico teve uma queda de 0,2% no quarto trimestre. Essa desaceleração econômica é um reflexo das incertezas políticas e econômicas que o Reino Unido enfrenta, incluindo as consequências do Brexit e a instabilidade global.
O desempenho anual da economia britânica em 2023 também é modesto, com um crescimento de apenas 0,1% em relação a 2022. Esses números destacam a desaceleração significativa e a estagnação que o país enfrenta, evidenciando a necessidade de políticas econômicas robustas para impulsionar o crescimento e enfrentar os desafios futuros.
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