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O Goldman Sachs atualizou sua visão sobre a Usiminas (USIM5), passando de uma recomendação neutra para compra, após uma análise detalhada das perspectivas de produção e custos da empresa siderúrgica. A ação da Usiminas, que já apresentou um aumento de 11% no acumulado do ano, vê seu preço-alvo saltar de R$ 8 para R$ 14, refletindo um potencial de alta expressivo de 38%.
A decisão do banco de investimento é embasada na expectativa de que a Usiminas, após a reforma de seu principal alto-forno, atingirá uma significativa melhoria nos custos de produção. Esse otimismo se deve à redução esperada na diferença de custos em relação aos seus concorrentes, após anos de custos elevados de transformação de aço, que chegaram a superar a média dos pares em US$ 150 por tonelada entre 2017 e 2022, e em US$ 500 por tonelada em comparação à CSN nos últimos 12 meses até o terceiro trimestre de 2023.
O Goldman Sachs projeta que, com a renovação do alto-forno, a Usiminas poderá diminuir essa disparidade de custos, beneficiando-se de uma melhoria de 29% nos custos de produção de lingotes na base trimestral, refletida a partir do primeiro trimestre de 2024. A instituição financeira estima que, se a Usiminas conseguir equiparar sua eficiência de custos à da CSN, o Ebitda consolidado de 2024 poderia atingir R$ 7,7 bilhões, um aumento de 108% em relação ao cenário base.
Além disso, o Goldman destaca a possibilidade de a Usiminas alcançar uma eficiência operacional similar à da Ternium, sua acionista, o que poderia resultar em uma redução adicional de custos. Essa melhoria na eficiência, juntamente com uma possível redução nos custos de matérias-primas e ajustes favoráveis nas tarifas de importação dentro do Mercosul, poderia reforçar ainda mais a posição competitiva da Usiminas no mercado.
Apesar do cenário promissor delineado pelo Goldman Sachs, a análise reconhece que existem riscos, incluindo o desafio de ativar o alto-forno reformado, a volatilidade na lucratividade global do aço, e a possibilidade de necessidade de capital de giro maior do que o previsto. No entanto, a avaliação atual da Usiminas, negociada entre 3,9 e 2,5 vezes o Ebitda estimado para 2024 e 2025, sugere um rendimento de fluxo de caixa livre (FCF) atraente de 12-16%, o que reforça a recomendação de compra pelo banco.
Goldman vê melhora na perspectiva do Bradesco apesar de desafios
O prestigiado banco de investimentos Goldman Sachs revisou sua posição em relação às ações do Bradesco (BBDC4), elevando a recomendação de venda para neutra, após uma avaliação cuidadosa do desempenho recente do banco e do setor bancário em geral. O preço-alvo foi mantido em R$ 14 (ou US$ 2,80 por ADR, recibo de ações negociado na Bolsa de Nova York), um potencial de alta de 2,6% em relação ao fechamento de segunda-feira (19).
Esta decisão segue uma desvalorização acentuada de 18% nas ações do Bradesco após a divulgação dos resultados do quarto trimestre de 2023, um movimento que se destacou em relação à performance geral do mercado representada pelo Ibovespa e ao avanço de 4% observado no setor bancário.
O Goldman Sachs justifica sua mudança de perspectiva citando o anúncio do guidance pelo Bradesco e a apresentação de seu plano estratégico de 5 anos, que, segundo eles, oferece uma melhor visão sobre as expectativas de lucro do banco. No entanto, o relatório do Goldman enfatiza que a implementação dessas estratégias permanece incerta, colocando um questionamento sobre a capacidade do banco de realizar suas ambições a longo prazo.
A análise aponta para a necessidade de o Bradesco equilibrar a eficiência operacional com os ganhos de participação de mercado, uma tarefa desafiadora diante da crescente concorrência de fintechs e operadores bancários tradicionais. O relatório destaca a importância das mudanças culturais e na estrutura de gestão que o Bradesco está tentando implementar para melhorar sua posição competitiva no mercado.
O Goldman Sachs também manteve suas estimativas de lucro líquido para o Bradesco em 2024 e ajustou para cima a estimativa para 2025, refletindo uma visão otimista sobre a recuperação da margem financeira do banco e a normalização das provisões para perdas com empréstimos. Apesar desses ajustes positivos, as estimativas do Goldman ainda estão abaixo do consenso da Bloomberg, indicando uma visão cautelosa sobre a recuperação completa do banco.
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