Guia do Investidor
Fonte/Reprodução
Notícias

Vale apresenta nova proposta para acordo sobre Mariana

Nos siga no Google News

Continua após o anúncio

O valor financeiro da nova proposta, considerando obrigações passadas e futuras, totaliza R$ 140 bilhões.

Na quarta-feira (12), a Vale, junto com a BHP Samarcoapresentou uma nova proposta de acordo relacionada ao rompimento da Barragem de Fundão, em Mariana – Minas Gerais, e informou que o valor financeiro da nova proposta, considerando obrigações passadas e futuras, totaliza R$ 140 bilhões.

“Os valores da Nova Proposta são para 100%, o que inclui uma contribuição de 50% da BHP Brasil e da Vale como devedores secundários, caso a Samarco não possa financiar como devedor primário”, informou a mineradora.

Segundo informações, o  valor inclui R$ 37 bilhões já investidos em reparação e compensação, um pagamento de R$ 82 bilhões pagável em 20 anos ao governo federal, aos Estados de Minas Gerais e Espírito Santo e aos municípios, e R$ 21 bilhões em obrigações a fazer.

“Como um dos acionistas da Samarco, a Vale reafirma seu compromisso com ações de reparação e compensação relacionadas ao rompimento da barragem de Fundão da Samarco, e a nova proposta é um esforço para chegar a uma resolução mutuamente benéfica para todas as partes, especialmente para as pessoas, comunidades e meio ambiente impactados, ao mesmo tempo que cria definição e segurança jurídica para as companhias”, diz a mineradora.

A Vale, BHP e Samarco, estão em uma mediação conduzida pelo Tribunal Regional Federal da 6ª Região, com os Governos Estadual e Federal e outras entidades públicas. As partes buscam a liquidação definitiva das obrigações previstas no Termo de Compromisso (TTAC), na demanda judicial do Ministério Público Federal e em outras ações judiciais de entidades governamentais relacionadas ao rompimento da barragem da Samarco.

Vale contesta inclusão na ‘lista suja’ do Ministério do Trabalho

Vale S.A. esclareceu em comunicado que, após a veiculação de notícias, incluindo uma reportagem do portal UOL, tomou conhecimento de sua inclusão no Cadastro do Ministério do Trabalho e Emprego, conhecido como “lista suja”. Isso ocorreu devido a uma inspeção realizada em locais de trabalho da empresa Ouro Verde Locações e Serviços S.A., que prestava serviços de transporte de produtos acabados para a Vale em Minas Gerais.

Leia mais  Ibovespa inicia com alta com maioria dos ativos em ganhos

O Ministério do Trabalho identificou descumprimentos de obrigações trabalhistas durante essa inspeção em fevereiro de 2015. A Vale, ao ser informada sobre esses apontamentos, adotou medidas corretivas e posteriormente rescindiu o contrato com a empresa transportadora envolvida.

No entanto, a inclusão da Vale na “lista suja” é considerada incorreta à luz de uma recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), datada de 9 de maio de 2024. Esta decisão reconheceu a impossibilidade de manter os autos de infração lavrados durante a fiscalização do Ministério do Trabalho em 2015. Como resultado, a ação agora será revisada pelo Tribunal Regional do Trabalho de Minas Gerais, que deverá decidir sobre a validade das autuações.

A Vale, conforme a nota, reitera seu compromisso com o cumprimento das leis trabalhistas, o respeito aos direitos humanos em todas as suas operações e cadeia produtiva, bem como com a ética, a transparência e a responsabilidade social. A empresa afirma que continuará colaborando ativamente com as autoridades competentes para esclarecer e resolver quaisquer questões relacionadas a este assunto.

Contexto

Segundo informações divulgadas pelo colunista Leonardo Sakamoto, do UOL, a companhia foi oficialmente incluída na “lista suja” de empregadores responsabilizados por uso de mão de obra análoga à escravidão. A inclusão ocorreu após uma operação que identificou 309 trabalhadores em condições degradantes na Mina do Pico, em Itabirito (MG).

Leia mais  Vale (VALE3) conclui venda de ativos avaliados em US$ 150 milhões

O flagrante, ocorrido em fevereiro de 2015, revelou que os trabalhadores, contratados pela empresa subcontratada Ouro Verde, enfrentavam jornadas exaustivas e condições precárias de trabalho enquanto transportavam minério de ferro pela estrada particular da Vale entre as minas do município.

Apesar de ter contestado judicialmente os autos de infração, a Vale perdeu a ação e foi inserida na “lista suja”, conforme decisão do Ministério do Trabalho e Emprego. Os auditores responsáveis apontaram a empresa como co-responsável pelas condições de trabalho dos funcionários.


Nos siga no Google News

DICA: Siga o nosso canal do Telegram para receber rapidamente notícias que impactam o mercado.

Leia mais  Hora de "pular fora"? Fundo global de investimentos reduz participação na Vale (VALE3)

Leia mais

Vale informa que abertura de capital da subsidiária Vale Base Metals não está sob avaliação

Márcia Alves

Gustavo Pimenta iniciará mandato na Vale em 01 de outubro

Márcia Alves

Ibovespa inicia pregão em alta e ativos em busca de estabilidade positiva

Paola Rocha Schwartz

Vale conclui a descaracterização do dique 1B em Itabira, MG

Márcia Alves

Ibovespa inicia a quarta com alta e ganhos em seus ativos

Paola Rocha Schwartz

Vale (VALE3) afirma que continua em busca de parceiro para Aliança Energia

Márcia Alves

Deixe seu comentário